Da Redação
O Primeiro-Ministro português, António Costa, anunciou que o Governo terá como prioridade para o próximo ano a criação de melhor emprego. A prioridade definida para o ano é “não apenas mais, mas melhor emprego”, ou seja, “emprego digno, salário justo e oportunidades de realização profissional”, afirmou o Primeiro-Ministro António Costa na Mensagem de Natal divulgada aos Portugueses através da televisão e da rádio.
O Primeiro-Ministro referiu que Portugal se libertou da austeridade e conquistou a credibilidade e agora “chegou o tempo de vencer os bloqueios ao nosso desenvolvimento” e “o emprego está no centro da nossa capacidade de conquistar o futuro”.
Numa mensagem centrada no futuro e na esperança, Costa referiu-se especialmente aos jovens e na necessidade de serem criadas cada vez melhores condições para os jovens “perspetivarem o seu futuro em Portugal. Não um futuro adiado, mas um futuro alicerçado em boas oportunidades de formação e de emprego qualificado, de habitação acessível, numa sociedade dinâmica, aberta ao mundo, que garanta a liberdade de plena realização pessoal”.
Luto e solidariedade
Num balanço de 2017, António Costa começou por recordar que o ano foi “dramaticamente marcado pela perda de vidas humanas em incêndios que enlutaram famílias e devastaram uma grande parte do nosso território”.
“Não esqueceremos nunca a dor e o sofrimento das pessoas, nem o nível de destruição desta catástrofe”, sublinhou o Primeiro-Ministro, acrescentando que a tragédia é de todo o País. “Mas não esqueceremos também a coragem, o altruísmo, a entreajuda, a enorme onda de solidariedade que cresceu em todo o País”, a vontade de não desistir, de não abandonar, de reconstruir o que foi destruído, de fazer renascer o que foi devastado”, disse ainda António Costa.
O Primeiro-Ministro reiterou perante os portugueses, o compromisso para prevenir e evitar, naquilo que é humanamente possível, tragédias “melhorando a prevenção, o alerta, o socorro, a capacidade de combater as chamas” e sobretudo “no que é mais decisivo e estrutural: a revitalização do interior e o reordenamento da floresta”.
Crescimento económico
António Costa sublinhou ainda as importantes conquistas na frente econômico-financeira: “em 2017 vamos ter o maior crescimento econômico desde o início do século”, recordando que as empresas já criaram 242 mil novos postos de trabalho, a pobreza e a desigualdade diminuíram e o País registrou o déficit mais baixo da democracia.
“Estes resultados mereceram o reconhecimento internacional, permitindo-nos diminuir o peso da nossa dívida, reduzir os seus custos, libertando recursos para podermos investir responsavelmente na melhoria do nosso sistema de ensino, do serviço nacional de saúde e na modernização do País”, afirmou também.
O Primeiro-Ministro deixou uma «mensagem de confiança num futuro melhor» para todos os portugueses.