Da Redação
Com Lusa
O ministro do Ensino Superior e o presidente do Politécnico de Castelo Branco pediram hoje à Inspeção-Geral de Educação e Ciência que abra um inquérito à licenciatura do comandante da Autoridade Nacional da Proteção Civil, Rui Esteves. Na sequencia da polêmica, Rui Esteves solicitou o abandono do cargo.
A licenciatura de Rui Esteves em Proteção Civil pela Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco foi concluída com 32 equivalências num total de 36 unidades curriculares que compõem o curso, segundo avançou o jornal Público e a RTP.
De acordo com a informação, as equivalências tiveram por base experiência profissional e cursos de formação.
“O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, tomou hoje conhecimento deste assunto pelo presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco, que informou o ministro que tinha enviado o assunto para a Inspeção Geral da Educação e Ciência”, refere um esclarecimento enviado à Lusa pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
“O ministro também reforçou o pedido junto da Inspeção”, acrescentou a mesma fonte.
Em resposta ao jornal Público, Rui Esteves afirmou que “fez tudo em conformidade com a lei vigente” e que as equivalências pedidas têm por base a formação que fez “ao longo de 30 anos de carreira”.
Em nota enviada à Lusa, o presidente do Politécnico de Castelo Branco, Carlos Maia, adiantou que o instituto pediu “com caráter de urgência” a intervenção da IGEC “para averiguação dos factos relacionados sobre a licenciatura obtida em 2009 na Escola Superior Agrária de Castelo Branco” pelo comandante operacional da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), Rui Esteves.
O comandante da ANPC enfrenta ainda um processo disciplinar pela Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI), ordenado na sexta-feira pela ministra da Administração Interna, depois de ter sido noticiado pela RTP a acumulação de funções públicas por Rui Esteves.
Em comunicado, o Ministério da Administração Interna (MAI) adiantou que o inquérito tem “caráter de urgência” e que as conclusões do IGAI devem ser remetidas a Constança Urbano de Sousa no prazo máximo de 30 dias.