Governo exclui público na Liga dos Campeões diante da situação em Lisboa

Da Redação
Com Lusa

Segundo o secretário de Estado da Saúde em função da situação pandêmica atual, “obviamente” não haverá público nos jogos da ‘final a oito’ da Liga dos Campeões de futebol, que vai ser disputada em Lisboa.

“Em relação à questão do público e em função daquilo que é a situação atual pandêmica, obviamente não. Não sabemos como vai ser a evolução da pandemia e tal como temos feito em outras situações, tomamos medidas de acordo com a própria evolução e proporcionalidade evolutiva da pandemia. Não poderei antecipar o futuro. Nesta fase obviamente que não”, disse António Lacerda Sales.

O governante respondia a um pedido de comentário às declarações do primeiro-ministro António Costa que, no domingo, em entrevista a Ricardo Araújo Pereira, na SIC, afirmou que estes jogos da ‘Champions’ iriam ter menos público do que a plateia daquele programa, composta por poucas dezenas de pessoas, na conferência de imprensa trissemanal de balanço sobre a pandemia de COVID-19 em Portugal.

António Lacerda Sales disse que “o projeto da Liga dos Campeões tem decorrido com toda a normalidade” e frisou que a colaboração entre o Estado português, a Direção-Geral da Saúde, a Federação Portuguesa de Futebol e a UEFA “tem sido muito intensa”.

“Temos feito um trabalho com grande confiança e grande entreajuda e garantidamente este será um projeto de sucesso, onde a saúde e a segurança de todos – participantes e intervenientes – são para nós do mais importante”, afirmou.

A UEFA decidiu em 17 de junho que os quartos de final, meias-finais e final da Liga dos Campeões vão ser disputados em Lisboa, nos Estádios da Luz (Benfica) e José Alvalade, entre 12 e 23 de agosto, em eliminatórias de jogo único.

A ausência de público não foi confirmada no dia do anúncio, bem como a possibilidade de os jogos da segunda mão dos oitavos de final poderem também disputar-se também em Portugal, no Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães, e do Dragão, no Porto.

No dia seguinte ao anúncio, o bastonário da Ordem dos Médicos considerou que a escolha de Portugal “não tem inconveniente” se os jogos não tiverem público, mas com adeptos nas bancadas “pode ser mais complicado”.

“Se não tiver público, não me parece que tenha qualquer inconveniente, desde que tudo seja controlado com medidas de proteção. Se tiver público pode ser complicado”, disse Miguel Guimarães, que falava aos jornalistas após uma visita ao Hospital de São João, no Porto.

Os jogos das últimas 10 jornadas da I Liga portuguesa de futebol estão a ser disputados sem público, desde 03 de junho.

A pandemia de COVID-19 já provocou mais de 501 mil mortos e infectou mais de 10,16 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1.568 pessoas das 41.912 confirmadas como infectadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

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