Governo estuda “todas as hipóteses” sobre aumento de salário

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Da Redação
Com Lusa

O ministro português do Trabalho, Vieira da Silva, garantiu que o Governo “está a estudar todas as hipóteses” e ainda não há qualquer decisão relativamente ao aumento de salários na Administração Pública.

O governante foi questionado pelos jornalistas sobre este assunto à margem de uma conferência sobre o futuro das pensões em Portugal, no Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), em Lisboa.

Na quinta-feira, o líder parlamentar do PS, Carlos César, afirmou estar em estudo a possibilidade de o Orçamento do Estado para 2019 contemplar um aumento do salário base dos trabalhadores da administração pública, “pelo menos” nos níveis remuneratórios mais baixos.

Nesta sexta-feira, o líder parlamentar do PCP saudou a “evolução positiva” na posição do Governo sobre aumentos salariais na administração pública, dizendo que o executivo admite até “uma solução de aumento geral” para todos os funcionários.

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“Não há nenhuma decisão. O orçamento será apresentado a 16 de outubro, está a ser preparado pelo Governo e discutido pelos parceiros. Estão a ser estudadas todas as hipóteses”, disse o ministro do Trabalho.

Vieira da Silva lembrou, a propósito, que os “recursos são sempre escassos e têm origem nos impostos dos portugueses e nas suas contribuições e as necessidades são sempre muitas, portanto há sempre escolhas a fazer”.

Segundo o ministro, no próximo Orçamento do Estado, o Governo prosseguirá com a sua política de recuperação de rendimentos, num quadro de “reforço da economia portuguesa, de equilíbrio das contas públicas e do bem-estar das famílias”.

Questionado também sobre a possibilidade de um aumento extraordinário de pensões, o governante disse que a única coisa que pode garantir é que “não haverá corte de pensões”.

“O aumento ordinário estará a pagamento a 1 de janeiro de 2019 e abrangerá cerca de 80% dos pensionistas, acima da inflação, algo que acontece pela segunda vez consecutiva, depois de muitos anos. É um bom sinal, os outros aspetos estão em discussão”, disse.

Depois de o PCP entregar resolução, agora o partido Os Verdes exigem do Governo que o salário mínimo nacional se fixe nos 650 euros já a partir do próximo ano. Segundo o partido, “é uma medida fundamental para valorizar os trabalhadores e o seu trabalho, mas também para promover a justiça social e repor o poder de compra que os trabalhadores têm vindo a perder”.

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