Da Redação com Lusa
Governo e sindicato dos trabalhadores da administração pública voltam a reunir-se na próxima segunda-feira para discutir a revisão das tabelas salariais, após a desconvocação de uma greve que decorreria a partir deste dia 3, até dia 24 de abril.
A secretária-geral do Sindicato dos Trabalhadores Consulares e das Missões Diplomáticas no Estrangeiro (STCDE), que decretou a greve para os dias 03, 04, 05, 06, 10, 11, 12, 13, 17, 18, 19, 20 e 24 de abril nos postos consulares, missões diplomáticas e centros culturais do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua no estrangeiro, disse que o ânimo inicial das conversações parece ter sido retomado.
O sindicato foi chamado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros para uma reunião na sexta-feira passada, após a qual o encaminhamento da negociação levou a estrutura sindical a desmarcar o protesto.
Uma das garantias dadas pela tutela foi a retoma das negociações com vista à revisão das tabelas salariais, estando a primeira reunião marcada já para a próxima segunda-feira.
Nesta matéria, existe acordo relativamente às tabelas salariais em 70% dos países. Nos restantes 30%, a negociação ainda terá de avançar, sem acordo, para já, com países como os Estados Unidos.
Neste país, explicou Rosa Teixeira, “os níveis de vida são completamente incomportáveis com a tabela proposta”.
Num outro caso – o Cazaquistão, em que o montante base desceu de 900 para 140 euros, o MNE garantiu que se tratou de um erro a corrigir.
Sobre o novo mecanismo de correção cambial, que contempla perdas acumuladas, a tutela deu a garantia ao sindicato de que será finalmente publicado, com retroativos a janeiro deste ano.
Para o STCDE, “urge igualmente publicar a portaria de extensão dos efeitos das atualizações salariais para a administração pública portuguesa e devidas a estes trabalhadores das carreiras gerais da função pública”.
“Está tudo em cima da mesa”, disse Rosa Teixeira Ribeiro, para quem foi retomada “a dinâmica que estava presente no início”.