Mundo Lusíada
Com agencias
Os dirigentes das associações empresariais da indústria, comércio, agricultura e turismo assinaram, com o Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho, um protocolo de parceria para a coordenação da promoção externa de Portugal e seus produtos, integrando ações públicas e privadas.
O objetivo é a elaboração da matriz estratégica da promoção externa por mercados e setores, a preparação do plano de promoção integrado das ações externas, conforme as políticas definidas pelo Governo português, e a apresentação de sugestões sobre investimento direto estrangeiro.
O protocolo foi assinado no quadro do Conselho Estratégico de Internacionalização da Economia, órgão presidido pelo Primeiro-Ministro.
O presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), Pedro Reis, afirmou que o protocolo “vai reforçar o músculo da agenda externa do País, colmatar falhas de mercado, esvaziar sobreposições e assegurar que nenhuma prioridade é deixar ao acaso e em terra de ninguém”.
O plano para a promoção externa de Portugal prevê a análise quantitativa e qualitativa dos mercados, inquéritos aos associados dos setores privados e a definição de “uma grelha de mercados prioritários para cada um dos setores”, devendo também especificar as ações a desenvolver nos mercados internacionais e coordenar ações públicas e privadas, de forma a evitar “duplicações e sobreposições no mesmo mercado em curtos intervalos de tempo”.
O plano nacional de promoção externa, quadrienal, deverá especificar as ações a desenvolver nos mercados internacionais, deve coordenar ações públicas e privadas e ter em consideração as “visitas oficiais e os planos das entidades participantes”, indica o documento.
A conciliação da “agenda externa das missões e outras iniciativas como a participação em feiras internacionais”, visa evitar “duplicações e sobreposições no mesmo mercado” em curtos intervalos de tempo, segundo Pedro Reis. Também será criado um portal na Internet para integrar todas as ações previstas para cada ano.
A colaboração do setor público e privado será “essencial para relançar a economia”, para “aumentar o PIB”, aumentar o “esforço de internacionalização” das empresas e aumentar o investimento privado externo, “alavancas fundamentais” para “inaugurar o novo ciclo” da economia portuguesa.
O protocolo foi assinado entre a Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria, Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, Confederação dos Agricultores Portugueses, Confederação do Turismo de Portugal, AICEP e Governo.
Essa semana em Lisboa, o primeiro-ministro afirmou que é preciso investir em atividades que acrescem valor e “nos abram mais ao mundo”, citando o turismo como destaque. “Precisamos de quem aposte na economia, em atividades novas, mas também em atividades que estão ligadas a áreas estratégicas para o País, e uma delas é o turismo, que representa pouco mais de 10% da nossa riqueza anual, mas pode representar bastante mais”, acrescentou Pedro Passos Coelho.