Governo e entidades unem esforços para promover o agronegócio brasileiro na Europa

Da Redação

O governo, através da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) lançou nesta terça-feira o segundo ciclo do Programa de Acesso a Mercados do Agronegócio Brasileiro (PAM AGRO), que será executado nos próximos dois anos. O foco desta edição é o continente europeu, considerado um “grande influenciador da opinião pública internacional” e um dos principais destinos das exportações do Brasil, segundo governo.

O objetivo do PAM AGRO 2021-2023 é impulsionar as exportações a partir da melhoria da percepção de mercados internacionais estratégicos sobre os produtos do agronegócio brasileiro, por meio de um esforço concentrado de produção e disseminação de informações que destaquem a sustentabilidade, segurança e a tecnologia dos produtos.

Em seu discurso, o presidente da Apex-Brasil, Augusto Pestana, disse que com foco, exatidão e transparência, o Programa pretende intensificar e aprimorar o combate contra a desinformação. “Entraremos em campo como o que somos de fato: referências no desenvolvimento sustentável, no desenvolvimento que assegura o fundamental equilíbrio entre os pilares econômico, social e ambiental. Referências na agricultura de baixo carbono, nas energias limpas e renováveis. Referências nas tecnologias e inovações que operam verdadeiros milagres”, pontuou.

Também estiveram presentes o ministro das Relações Exteriores, Carlos França, o secretário executivo e ministro interino do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcos Montes, além de representantes das instituições do setor privado que integram a iniciativa, parlamentares, entre outros.

Ao todo, 14 entidades setoriais estão trabalhando em conjunto com a Apex-Brasil na implementação do Programa, com associações representantes do Agronegócio, Indústria de Alimentos, Indústrias Exportadoras de Carnes, de Proteína Animal, Frutas, Algodão, Biocombustíveis do Brasil, Cafés e sucos, Pecuária, Cana-de-Açúcar e outros setores.

“Nós precisamos aproximar a percepção da realidade para que o mundo reconheça a excelência e a liderança do Brasil no que diz respeito à sustentabilidade, à produtividade e ao desenvolvimento humano. É uma entrega e um bem para a humanidade e assim deve ser reconhecido e respeitado pelo mercado”, afirmou.

A iniciativa foi criada em 2017, como resultado da parceria entre a Apex-Brasil e o setor privado, e conta com o apoio do Ministério das Relações Exteriores (MRE) e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

Reforço

Em fala na cerimônia, o ministro Carlos França fez menção à sustentabilidade da produção agropecuária nacional e destacou que o Brasil é, atualmente, um dos poucos países do mundo com capacidade de responder aos desafios globais da segurança alimentar e da sustentabilidade ambiental.

“É muito importante transmitir essa mensagem a parceiros comerciais e aos mercados de destinos dos produtos. O lançamento do PAM AGRO ocorre em um momento muito oportuno, às vésperas de o presidente da República fazer seu discurso na Assembleia das Nações Unidas, onde o papel do agro brasileiro possui um lugar de destaque”, assinalou.

Carlos França acentuou ainda que, com a entrada em vigor da nova fase do PAM AGRO, a rede de setor de promoção comercial do Itamaraty prestará todo apoio à organização de eventos e à elaboração pesquisas e de mensagens-chaves ao público estrangeiro.

“A segunda fase do PAM AGRO terá como foco, acertadamente, a elaboração de uma estratégia de comunicação destinada especificamente ao público europeu, ou seja, do continente sobre o qual estão concentrados os interesses vitais do agro brasileiro”, afirmou o ministro.

Segundo o ministro França, em 2020, o setor respondeu por 48% das exportações do País, ou seja, quase a metade. De janeiro a julho de 2021, as vendas externas do agro somaram US$ 72,7 bilhões, o maior valor da série histórica. “Mesmo com a pandemia, o agro brasileiro não parou, segue ativo, gerando emprego e riquezas, recolhendo impostos e alimentando o mundo”, disse França.

Já o ministro interino do MAPA, Marcos Montes, destacou que o Brasil é um dos poucos países com capacidade de atender a demanda mundial por alimentos nas próximas décadas. “Somos os maiores exportadores, o futuro em garantir alimento, porque somos capazes. Nossos produtores são capazes, nossa tecnologia tem potencial e ainda agregarmos a venda dos produtos, ninguém irá segurar o Brasil”, afirmou.

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