Governo de Macau destaca “papel vital” de portugueses e macaenses

Da Redação
Com Lusa

Macau_ChinaO chefe do Executivo de Macau, Fernando Chui Sai On, destacou em 17 de novembro, na apresentação das políticas para 2016, o “papel vital” de portugueses e macaenses no desenvolvimento da Região Administrativa Especial.

“Macau, uma das importantes escalas na antiga rota marítima da seda, tem sido desde há vários séculos um local de encontro das culturas chinesa e ocidental, onde sempre coexistiram em harmonia várias etnias, religiões e culturas, e onde os macaenses e os portugueses aqui residentes têm desempenhado um papel vital”, afirmou, na apresentação das Linhas de Ação Governativa (LAG) para 2016 na Assembleia Legislativa de Macau.

“Continuaremos a promover a excelente tradição de harmonia entre diferentes comunidades e da coexistência multicultural, trabalhando junto da população para a prosperidade e o progresso da sociedade”, disse, na tradicional menção às comunidades portuguesa e macaense.

Casa-Museu
Essa semana, o governo anunciou ainda que a zona das casas-museu da vila da Taipa, em Macau, vai ser requalificada de modo a receber cafés, esplanadas, exposições e espaços de gastronomia, incluindo um restaurante português.

Desde 2013 que a Casa de Portugal em Macau vinha a pedir uma nova localização para o restaurante “Lusitanos”, que em 2011 abriu junto ao ex-líbris da cidade, as Ruínas de S. Paulo, sendo obrigado a sair dois anos depois por vontade do proprietário, o deputado Chan Chak Mo. No mesmo espaço abriu meses mais tarde uma loja de roupa.

A mudança para uma das cinco vivendas coloniais foi, na altura, sugerida pela associação, mas a proposta foi recusada. Como solução temporária, o “Lusitanus” mudou-se para a sede da Casa de Portugal em Macau, no centro da cidade, com um menu reduzido e preços mais baixos.

O secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam anunciou que deseja “mais vida” para a zona das casas-museu da Taipa, onde anualmente se realiza a Festa da Lusofonia.

“Queria convidar a Casa de Portugal para fazer parte do nosso projeto para explorar a zona das casas. Vamos montar um restaurante português, cafés e esplanadas. Podemos arranjar dinamizadores portugueses para tocar ali, todas as noites vai haver festa. Hoje não há sítio para ir, só hotéis”, disse o secretário.

“Temos sorte porque já existem casas bonitas, ao estilo português, de que os turistas gostam muito. É um sítio bonito, muito romântico”, afirmou, explicando que a ideia é também “aproveitar os produtos criativos para vender aos turistas chineses ou aos residentes locais”.

Outros países, como França, Itália e Brasil, vão também ser convidados para ali ter uma representação gastronômica e cultural, mas rotativa.

As casas-museu da Taipa datam do início do século XX e estão hoje defronte a um mangal, um lago de características pantanosas, com muita vegetação, incluindo flores de lótus, e dos poucos lugares em Macau onde se podem avistar garças.

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