Da Redação
Com Lusa
O governo madeirense abriu um concurso para lançar uma nova marca turística “Madeira”, atribuindo-lhe um enfoque nas pessoas e no relacionamento entre os povos, anunciou o presidente do executivo, Miguel Albuquerque.
“Acho que, no desenho ou na concepção desta nova marca, é fundamental que as pessoas, os locais se sintam representados, porque a essência do turismo, do meu ponto de vista, continua a ser as pessoas e a capacidade de relacionamento das pessoas e dos povos entre si”, afirmou o governante, na sessão de abertura da XI Conferência Anual do Turismo, promovida no Funchal pela Delegação Regional da Madeira da Ordem dos Economistas.
Este ano, a iniciativa como tema “Marcas”. Miguel Albuquerque lembrou que 2016 foi o melhor ano turístico da Madeira e que o objetivo do Governo Regional é “manter taxas de ocupação elevadas todo o ano”, esbatendo a sazonalidade e assegurando a “contínua subida” do rendimento por quarto.
A estratégia do executivo em termos de camas é crescer 1% a 2% ao ano, com a revisão desta meta de 30 em 30 meses, assegurar a qualificação dos trabalhadores da indústria turística e reforçar os “conteúdos turísticos”, com a replantação das bermas das estradas com plantas, a recuperação de jardins, a promoção do artesanato e dos percursos pedestres, nomeadamente os denominados “caminhos reais”.
O presidente do Secretariado Regional da Madeira da Ordem dos Economistas, André Barreto, falou das potencialidades e dos efeitos multiplicadores da indústria turística numa altura em que “Portugal parece estar na moda”.
Porém, alertou para a necessidade de “prolongar no tempo este estado de graça”, porque o país e a região “precisam disso como de pão para a boca”.
“Um produto apetecível, bem estruturado, mantido em condições ótimas, verdadeiro e com uma marca forte”, apontou.
O responsável criticou a morosidade com que estão a ser feitas intervenções na cidade do Funchal, nomeadamente nas ribeiras; o estado do mar em algumas zonas, poluído por dejetos; o estado das serras e das estradas regionais; e o congestionamento do Mercado dos Lavradores e de algumas levadas e percursos pedestres, “com grupos todos a serem descarregados à mesma hora”.
Além disso, lamentou “o verdadeiro massacre que se faz ao turista por parte dos vendedores de ‘time sharing’, os angariadores de rua, de restaurantes, de excursões, passeios a pé, lojas de artesanato, safaris, voltas de barco”.
As “construções gigantescas de cimento no centro da zona turística e hoteleira”” foram também alvo de críticas.
“Construção de uma Marca”, “Marcas no Turismo” e “Evolução das Marcas” são os temas da XI Conferência Anual do Turismo.