Da Redação
Com Lusa
O Governo brasileiro assinou na segunda-feira um decreto que cria um grupo de intervenção contra o crime organizado no país, para reduzir a criminalidade e reforçar a segurança pública.
O grupo terá a responsabilidade de analisar e partilhar dados para a produção de relatórios “com vista a subsidiar a elaboração de políticas públicas e a ação governamental para enfrentar organizações criminosas que afrontam o Estado brasileiro e as suas instituições”, de acordo com um comunicado de imprensa divulgado pela assessoria da Presidência.
O decreto determina ainda que o novo grupo será coordenado pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência e reunirá representantes dos seguintes órgãos do Governo federal: Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Forças Armadas, Ministério da Economia, Receita Federal, e dos departamentos de Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal.
Por se tratar uma prestação de serviço público relevante, os membros não receberão uma remuneração extra, ainda segundo o comunicado.
O Brasil registrou 63.880 homicídios em 2017, um recorde para o país, segundo um relatório divulgado em agosto deste ano pela organização não-governamental Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Em média, sete pessoas foram mortas no país por hora no ano passado, elevando a taxa de homicídios em 2,9% entre 2016 e 2017. No total, o país registou pela primeira vez uma taxa de 30,8 assassínios por cada 100 mil habitantes.
Embora a violência que resultou em morte tenha crescido no Brasil, o estudo indicou que os gastos governamentais com o financiamento da política de segurança pública no país subiram 0,8%, totalizando 84,7 mil milhões de reais (19,2 mil milhões de euros).