Governo anuncia intervenções no Algarve para minimizar desmoronamentos

Da Redação

O Ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, revelou que serão executadas 12 intervenções em arribas de praias do Algarve com o objetivo de minimizar os riscos de derrocada.

“A queda dessas arribas é um fenômeno natural, que resulta da erosão, comum neste tipo de arribas, aliás, particularmente no Algarve”, afirmou o Ministro.

Durante a inauguração da obra de minimização do risco a norte da praia do Magoito, em Sintra, o Ministro anunciou que 12 desmontes, no Algarve, que têm de ser feitos “intencionalmente porque há o risco de derrocada, e isso vai ser feito antes da época balnear”.

Matos Fernandes acrescentou que foram aprovados 108 milhões de euros para cumprir 47 intervenções de dimensões diferentes, em várias regiões do país, em cerca de 50 praias.

Lembrando que é fundamental o respeito pela sinalização por parte dos banhistas, o Ministro referiu que nestas intervenções estão incluídas obras de consolidação de arribas e de falésias.

No mês de março deste ano, um desmoronamento de falésia na praia da Ursa, sem uso balnear, atingiu cinco pessoas que acampavam no areal, provocando a morte de um jovem brasileiro, traumatismos numa jovem alemã e ferimentos leves em outras três pessoas.

Proteger o litoral

Em relação à obra inaugurada no Magoito, Matos Fernandes referiu que o investimento de 664 mil euros permitiu assegurar um acesso mais confortável à praia e proteger a arriba fóssil ali existente.

“Estamos a falar em intervir em 65 quilômetros de costa e, aqui perto, temos uma obra para começar em Sintra, que é o consolidar das arribas nas Azenhas”, acrescentou o Ministro.

Esta empreitada, orçada em cerca de dois milhões de euros, terá início ainda em 2018, após a época balnear, e decorrerá até 2019, ano em que será ainda estabilizada a falésia na praia de São Julião, no mesmo concelho.

“Temos em curso, do Minho ao Algarve, um conjunto vasto de obras sempre com o objetivo de proteger o litoral, garantindo que a linha de costa não recua, e garantindo a fruição destes espaços”, concluiu.

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