Da Redação
Com Lusa
Governantes e empresários da Índia e de países lusófonos se reuniram entre 14 e 15 de janeiro em Goa no primeiro congresso “Índia e o Mercado Lusófono”, que pretende criar um “fluxo de informação” que permita aumentar as trocas comerciais, anunciou a organização.
“O congresso é uma primeira tentativa de estabelecer uma plataforma global comum para negócios entre a Índia e os países lusófonos”, afirmam os organizadores do certame, a Sociedade Lusófona de Goa, em colaboração com a Confederação da Indústria Indiana, o Instituto de Estudos Asiáticos e a Associação de Amizade Portugal-Índia.
O objetivo é que empresários dos diferentes países se conheçam, construindo uma relação de “confiança, que é muito importante” e que partilhem o que “está a acontecer em cada sítio, coisas novas que se estão a desenvolver, de forma a que outros possam aproveitar”, explicou à Lusa Eugénio Monteiro, da organização.
“A Índia pode fazer muito pelos outros”, defendeu, lembrando que o país, por ser muito grande, fabrica tudo em grandes quantidades e com a “intenção nítida de chegar a todos os cidadãos”, garantindo por isso preços baixos.
Isto “pode ser um grande apoio para países pobres, que querem que os seus cidadãos tenham um nível de vida aceitável e uma resposta adequada às carências habituais”, sustentou.
A ideia é “criar um fluxo de informação” entre a Índia, um país com uma taxa de crescimento atual de cerca de 5% e os países lusófonos, com 250 milhões de pessoas.
No encontro, em Panjim, Goa, participaram o ministro da Juventude e dos Desportos de Moçambique, Fernando Sumbana Júnior, o antigo primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe Rafael Branco e o presidente da Confederação Empresarial da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP), Salimo Amad Abdula, além do embaixador de Portugal na Índia, Jorge Roza de Oliveira.
Estiveram presentes empresários indianos, portugueses, angolanos, moçambicanos e brasileiros. A organização pretende realizar este encontro regularmente.