Nos Açores, zona do cozido das Furnas passa a ser cobrada

Mundo Lusíada
Com agencias

CozidoFurnas_AcoresO presidente da Câmara Municipal da Povoação, nos Açores, revelou em 20 de março que locais e turistas, bem como restaurantes, vão passar a pagar para confeccionarem o famoso cozido das Furnas, na ilha de São Miguel.

“Este é o primeiro passo para uma gestão diferente de todo este espaço [lagoa das Furnas], através da introdução do princípio da prestação de serviço e respectivo pagamento”, declarou Carlos Ávila, na sequência da assinatura de um acordo de colaboração com o Governo dos Açores.

O acordo, formalizado nas Furnas entre o presidente da Câmara Municipal da Povoação e o secretário regional dos Recursos Naturais, prevê a gestão e manutenção do espaço envolvente da Lagoa das Furnas por parte da autarquia.

Carlos Ávila referiu que pretende avançar com o pagamento da confecção do cozido das Furnas, na zona das caldeiras, ainda este verão, mas salvaguardou que os preços irão ser definidos em conjunto com os restaurantes locais.

“Utilizar as covas, o parque de estacionamento, as casas de banho, fazer piqueniques ou simplesmente visitar a zona dos cozidos da Lagoa das Furnas passa, a partir de agora, a ser cobrado, embora ainda não esteja estipulado nenhum preço” divulga a autarquia.

“Há anos que nós vimos dizendo que temos belezas naturais e que elas não beneficiam o maior número de pessoas e é isso que queremos que aconteça” declarou Carlos Ávila. Esclareceu ainda que “o governo tem mantido este espaço muito bem organizado e limpo e isso traz despesas e é tempo das pessoas começarem a contribuir para o pagamento dessas despesas”. E adiantou “porque quando ninguém paga, todos nós acabamos por pagar a fatura. Ao contrário, quando o nosso mercado quiser aqui vir terá que pagar, logo serão esses que terão de pagar e não todos. Isto também é justiça social”.

Para este novo modelo funcionar, está previsto um serviço de atendimento no Clube de Tiro para as pessoas marcarem uma hora para colocarem o cozido na cova, sem haver a necessidade de sair de casa mais cedo, nem correrem o risco de não terem o buraco disponível. “É esta prestação de serviços que queremos oferecer. As pessoas poderão chegar calmamente sem atropelos e colocar o seu cozido, mas também poderão marcar uma mesa para almoçar com a sua família. Teremos mesas para seis, oito ou doze pessoas ou até mesas para grupos e portanto não será mais preciso andar à correria, à pancadaria para usufruírem deste espaço”, referiu.

Segundo o autarca a inovação deve trazer problemas, mas que o órgão estamos aberto a negociações. O Acordo de Colaboração entre o Governo Regional e a Câmara Municipal da Povoação para a Gestão da Zona dos Cozidos das Furnas terá a duração de um ano, sendo sucessivamente renovável.

O Presidente da Câmara Municipal da Povoação espera que a medida seja aplicada ainda este ano.

Ponto turístico no arquipélago português dos Açores, no cozido das Furnas os ingredientes são cozinhados debaixo da terra sob o calor dos vulcões, sendo que a carne demora cerca de 6 horas e o bacalhau cerca 4 horas, dando um sabor requintado ao alimento.

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