Da Redação
Com Lusa
Cerca de 23.700 trabalhadores europeus, que ficaram no desemprego devido à crise econômica, receberam em 2010 ajudas do Fundo Europeu de Ajustamento à Globalização (FEG), mais do dobro do que em 2009, segundo um relatório divulgado em 22 de agosto.
O FEG pagou 83,5 milhões de euros a nove Estados-membros para ajudar as autoridades nacionais a apoiar os trabalhadores despedidos para que possam procurar novas oportunidade de emprego, incluindo Portugal. As contribuições visaram trabalhadores despedidos na Dinamarca, Alemanha, Irlanda, Lituânia, Países Baixos, Polônia, Portugal, Eslovênia, Espanha.
Segundo o Comissário da União Europeia responsável pelo Emprego, os Assuntos Sociais e a Inclusão, László Andor, desde a sua criação em 2007, o Fundo Europeu de Ajustamento à Globalização tem sido “uma expressão da solidariedade da UE, intervindo para apoiar as pessoas que perderam os seus empregos.
“A ação do Fundo cobre atividades de formação e assistência à procura de emprego para milhares de trabalhadores europeus, devendo continuar a desempenhar um papel crucial no combate ao desemprego ou na sua prevenção”, disse.
O quarto relatório anual sobre as atividades do FEG revela que as contribuições do Fundo pagas em 2010 aos Estados-membros triplicaram.
O Parlamento Europeu e o Conselho da União Europeia, na qualidade de autoridade orçamental da UE, tomaram 31 decisões em 2010 para fazer intervir o FEG. Das 31 decisões, 13 foram em resposta a candidaturas feitas em 2010 e 18 a candidaturas que haviam sido já apresentadas no segundo semestre de 2009.
Comparativamente a 2009, foram aprovados três vezes mais pedidos em 2010, que se traduziram num aumento de 60% do cofinanciamento do FEG pago aos Estados-membros.
Os apoios foram concedidos para cofinanciar medidas ativas do mercado de trabalho propostas e organizadas para os trabalhadores pelos Estados-membros ao longo de um período de 24 meses após a data da candidatura. O fundo cofinanciou 65% das medidas, sendo os restantes 35% assegurados por fontes nacionais.
O FEG, uma iniciativa inicialmente proposta pelo Presidente Barroso para ajudar as pessoas que perderam o emprego em virtude dos efeitos da globalização, foi instituído pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho no final de 2006.
Na sua proposta para o próximo quadro financeiro plurianual posterior a 2013, a Comissão propôs que a UE continue no futuro a manifestar a sua solidariedade para com os trabalhadores despedidos e as regiões afetadas através do FEG
Desde o início do funcionamento do FEG, em janeiro de 2007, registraram-se 78 pedidos de intervenção deste fundo, num total de cerca de 355 milhões de euros,de que beneficiaram cerca de 76.000 trabalhadores.
Em Portugal
Segundo o presidente da Confederação do Comércio, João Vieira Lopes, o desemprego no comércio em Portugal ultrapassa já as 100 mil pessoas. Num momento de desempregos altos e crise econômica, as famílias portuguesas estão poupando mais.
O total de depósitos aplicados por particulares subiu em junho para os 124.514 milhões de euros, mais 2,265 bilhões de euros do que no mês anterior, segundo o boletim estatístico mensal do Banco de Portugal, divulgado no mesmo dia.
A poupança das famílias beneficiou de taxas de juro mais atrativas, que voltaram a subir em junho, passando dos 3,54% registrados em maio para 3,63%, o valor mais alto desde finais de 2008. Os depósitos das famílias cresceram 1,9% entre maio e junho de 2011.
Em termos homólogos, os depósitos aumentaram 5,2%, passando de 118.402 bilhões de euros contabilizados em junho de 2010 para 124.514 bilhões de euros em junho de 2011.