Da Redação com Lusa
A comunidade luso-angolana vai passar a juntar-se, uma vez por mês, no Fórum Portugal-Angola, uma iniciativa recém-lançada que pretende aproximar os portugueses, facilitar a partilha de experiências e potenciar contatos, com enfoque no mundo empresarial.
“O Fórum Portugal-Angola é uma iniciativa de um grupo de luso-angolanos e expatriados portugueses residentes em Angola e pretende constituir-se como uma plataforma de quadros portugueses e luso-angolanos interessados em acompanhar e reforçar as relações bilaterais entre os dois países, potenciando a criação de uma rede de contatos envolvendo a comunidade empresarial, a sociedade civil, e os expatriados residentes em Angola”, lê-se na apresentação da iniciativa.
Álvaro Mendonça, presidente executivo (CEO) do grupo Elevo, é um dos seis dinamizadores deste grupo informal, “de iniciativa privada e pessoal”, que pretende juntar a comunidade portuguesa e luso-angolana, e que foi apresentando, no passado domingo, ao Presidente da República português, Marcelo Rebelo de Sousa, num jantar de empresários em Luanda.
Entre os promotores da iniciativa estão também Gonçalo Froes, presidente do grupo CPI Consulting; Francisco Tavares de Almeida, presidente executivo da Millway; Miguel Afonso do Santos, diretor geral do Epic SANA; Inês Filipe, responsável da KPMG Angola e Jorge Fonseca, responsável das Academias de Golfe de Angola e CEO da Moya McCann.
Álvaro Mendonça explica que o objetivo é reunir os empresários portugueses e luso-angolanos num espaço comum, aumentando as conexões e proporcionando maiores oportunidades de negócios.
“As pessoas não se conhecem umas às outras, estão divididas em grupos e queremos criar vasos comunicantes entre esses grupos. Queremos organizar um jantar uma vez por mês, com um orador convidado, nacional ou internacional”, que poderá abordar os mais diversos temas, adiantou à Lusa.
Algo que as outras comunidades de expatriados residentes em Angola já promovem há vários anos, mas que só agora vai passar a congregar os portugueses.
“A ideia é rapidamente chegar a mais de 100 pessoas”, afirmou Álvaro Mendonça, acrescentando que cada membro fundador irá convidar dez pessoas, que poderão por sua vez trazer novos membros.
O primeiro encontro deverá acontecer já em janeiro, estando ainda por definir quem será o orador convidado.
Pretende-se que o espaço seja informal e aberto a várias áreas, das empresas à cultura, da educação à saúde, destacou ainda o empresário.
O fórum pretende reforçar o sentimento de comunidade entre os portugueses e potenciar a promoção de Portugal em Angola e no mundo, tendo traçado três grandes objetivos, segundo o documento que foi entregue a Marcelo Rebelo de Sousa: fomentar uma cultura empresarial transversal aos vários setores onde as empresas portuguesas estão presentes em Angola; cimentar, junto dos decisores políticos e clientes empresariais angolanos, a ideia de Portugal como parceiro essencial para a diversificação econômica do país, e aproximar os membros da comunidade portuguesa permitindo uma melhor informação e partilha de experiências nos diversos setores no país e no continente africano.