Fórum da Comunicação: Aproximar mais os portugueses é o objetivo, diz Cesário

Por Odair Sene

No jantar de abertura, em 03 de novembro, falaram aos presentes: Emanuelle Afonso, o secretários José Cesário, Feliciano Barreiras Duarte, secretário de Estado do Ministro Adjunto dos Assuntos Parlamentares e ainda o vice presidente da câmara local Paulo César Sanches Vistas. Basicamente falaram sobre o programa, sua importância e expectativa de futuro. José Cesário, Feliciano Barreiras e Paulo Vistas, participaram apenas da abertura do encontro, não acompanharam os jornalistas nos dias que se seguiram o fórum.

Ao Mundo Lusíada, o secretário José Cesário disse que todos ganham se ficarem mais próximos um dos outros. “Os portugueses que estão aqui, e aqueles que estão no Brasil se conseguirem se aproximar mais, nós todos conseguiremos um ganho imenso. Nós temos influências que beneficiarão com vantagem para todos se forem devidamente atualizadas. E portanto temos neste momento um encontro que tem por objetivo exatamente de aproximar essas pessoas”, disse compreendendo que a comunicação social é caminho mais direto para esta aproximação.

De acordo com Cesário, as novas permanências consulares são ações que visam tratar atos administrativos que são “essenciais” para os luso-descendentes, como tirar o Cartão Cidadão, Passaporte, e Registros. “Estamos a levar este serviço até comunidades distantes, isoladas, em diferentes estados do Brasil e em vários países do mundo. Com um trabalho de um grupo dinâmico das nossas comunidades com os quais estamos fazendo parcerias, de maneira que possamos trabalhar em rede por um lado, e por outro lado, conseguir apoiar melhor alguns que estão em situação mais frágeis, mais delicadas e que precisam de ajuda. Eu diria que precisamos ter as nossas comunidades melhor organizadas, mais ligadas entre si, com mais capacidade de trocar umas com as outras e relacionarem mais com as instituições que estão aqui em Portugal”, referiu.

O peso da comunicação social

José Cesário comentou que os meios de comunicação das comunidades portuguesas chegam a milhares de pessoas, que são potenciais investidores para Portugal, ou ainda a potenciais turistas no país.

Segundo o secretário, não existe hoje projetos que possibilitem o governo se utilizar dos próprios veículos de comunicação. “Os órgãos da comunicação social portuguesa normalmente divulgam produtos locais, oportunidades locais. Se tiver ligado a um órgão de comunicação social portuguesa que está no estrangeiro, consegue levar essas informações locais a muito mais gente. E o contrário também é válido. Os veículos de imprensa que estão fora de Portugal também conseguem levar informações a quem está cá. Acho que essa aproximação que é preciso fomentar, só se fomenta se tiver organização. Portanto é muito importante este tipo de rede”, disse.

Para o secretário as ações conjuntas dos meios de comunicação em língua portuguesa podem trazer mais resultados do que ações governamentais ou através de Câmaras de Comércio Portuguesas, pela abrangência que têm em conjunto.

Feliciano Barreiras Duarte mencionou que parte da crise portuguesa pode ser solucionada com apoio da comunicação social na diáspora, como um instrumento importante de aproximação com empresários portugueses de outros países. Ao Mundo Lusíada, ele disse que os media se tornam “embaixadores portugueses” fora do país.

“O caso do Brasil é pragmático, temos muito a percorrer neste caminho. Meu desafio foi de procurar dizer que vocês que estão fora de Portugal, mas que vivem em Portugal, da mesma forma que vivem os portugueses ou até melhor que alguns portugueses que nunca saíram de cá, e vivem não só na defesa da língua portuguesa e da nossa cultura, como na promoção dos nossos negócios e economia. Não tenho dúvida que podem dar um contributo inestimável”.

Sobre o turismo, citou que o século 21 terá aumento da mobilidade humana, sendo natural que Portugal espere por mais turistas a visitar o país. “Sejam estrangeiros, ou sobretudo muito dos portugueses que estão fora de Portugal. Faz sentido que não só visitem Portugal como invistam cá. Os jornalistas que estão presentes neste encontro podem servir de intermediários para que isso aconteça”, referiu Feliciano Duarte ao Mundo Lusíada.

Por fim, o secretário afirmou que o encontro organizado há alguns anos em Vila Nova de Gaia, no Porto, reunindo a comunicação social na diáspora e que também contou com a presença do Jornal Mundo Lusíada, não teve sequência pelo governo anterior, que não apoiou este trabalho. “É uma falha grave, mas o que importa agora é seguir em frente, e amenizar essa falha que existiu”, diz ele que é do PSD.

Feliciano Duarte, que já esteve no Brasil, fez elogios ao país dizendo que considera o Brasil um exemplo para os portugueses, não só nesta tutela, mas também das migrações. “Nós temos em Portugal a maior comunidade de imigrantes brasileiros, e queremos reforçar esse nível da política pública de migração, no fortalecimento da relação com o país. Neste sentido que temos estado a trabalhar”, referiu.

 

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