Fortaleza em parceria com empresa angolana liga continentes por cabos submarinos

Da Redação

FORTALEZA_CearaA Prefeitura de Fortaleza, por meio da Secretaria Municipal do Desenvolvimento Econômico (SDE), realiza em 24 de julho, no Terminal Marítimo de Passageiros de Fortaleza, a solenidade de assinatura de contrato com a empresa Angola Cables para instalação de uma estação de cabos submarinos de fibra óptica, com Data Center integrado, que possibilitará à cidade de Fortaleza tornar-se um HUB Internacional de Telecomunicações.

O evento conta com a presença do prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, além do titular da pasta, Robinson de Castro e de autoridades dos governos brasileiro e angolano.

A parceria da Prefeitura com a empresa Angola Cables resultará na instalação de uma estação de cabos submarinos de fibra óptica e um DataCenter de porte internacional (Data Center tipo Tier 3), o primeiro deste porte nas regiões Norte/Nordeste do País. Com essa estrutura, Fortaleza passará a ter condições de exportar conteúdos digitais brasileiros para a América do Norte e, futuramente, para a África (Luanda).

A expectativa é de que, em poucos anos, a cidade estará interligada aos continentes da Europa e Ásia, tornando-se um importante Hub do setor de Telecomunicações. “A instalação da Angola Cables na nossa cidade será o pontapé inicial para que diversas empresas de grande porte venham a se instalar aqui. Dessa forma, estaremos gerando mais empregos diretos, incrementando a geração de tributos na Cidade, com perspectiva de aumentar em 0,2% o nosso PIB anual”, disse o titular da SDE, Robinson de Castro.

Além de uma posição geográfica privilegiada e estratégica, próxima dos continentes europeu e africano, assim como dos Estados Unidos, a capital cearense já conta com sete cabos submarinos de fibra óptica instalados, contabilizando 13 pontos de entrada e saída desses cabos. “Queremos transformar Fortaleza em um HUB de comunicação digital na América Latina e um dos principais centros de tecnologia do Brasil. O objetivo é usar esse polo de comunicação para promover o surgimento de uma série de negócios com impactos diretos na economia local”, explica o CEO da Angola Cables, António Nunes.

Ao todo, a empresa Angola Cables pretende investir cerca de R$ 900 milhões no projeto. Só no Brasil, o valor de investimentos da operadora será de aproximadamente R$ 72 milhões, sendo que cerca de R$ 35 milhões alocados diretamente em Fortaleza. Dessa forma, a empresa Angola Cables será âncora para o desenvolvimento de um Polo Tecnológico no Município, projeto desenvolvido pela Prefeitura de Fortaleza, por meio da Secretaria Municipal do Desenvolvimento Econômico (SDE), que prevê a atração de investidores do setor tecnológico na Cidade, a partir da concessão de incentivos fiscais às empresas participantes, conforme prevê a Lei nº 205/2015, por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento de Parques Tecnológicos e Criativos de Fortaleza (PARQFOR).

As empresas que se interessarem em aderir ao do Programa de Apoio ao Desenvolvimento de Parques Tecnológicos e Criativos de Fortaleza (PARQFOR) deverão instalar-se em áreas polos denominadas Zonas Especiais de Dinamização Urbanística e Socioeconômica (ZEDUS), localizadas no Centro da cidade e nas regiões adjacentes a Avenida Francisco de Sá, ou em regiões decretadas pelo poder municipal como parques tecnológicos, que compreendem os campi de instituições de ensino superior conveniadas à Prefeitura.

Angola Cables é uma empresa de telecomunicações, fundada em 2009, tendo como acionistas as principais operadoras de telecomunicações angolanas. A companhia dedica-se à comercialização de capacidade em circuitos internacionais de voz e dados por cabos submarinos de fibra óptica. O mais recente projeto da empresa é a construção de um cabo, o MONET, que vai ligar Angola e Brasil aos Estados Unidos até 2017.

Com a instalação de uma Estação de Cabos Submarinos em Fortaleza a empresa inicia também o processo de implementação do Projeto SACS – South Atlantic Cables System, cabo submarino de fibra óptica, que ligará o Brasil ao continente Africano, por meio das cidades de Fortaleza e Luanda. A empresa é associada ao projeto Kitabanga, que busca a conservação de tartarugas marinhas, além de apoiar o esporte náutico, por meio do patrocínio a embarcações de vela, como o barco Mussulo III, que está ancorado no Brasil, participando dos principais campeonatos de regatas do país.

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