Ford Europa vai demitir 12 mil trabalhadores, impacto para Portugal ainda não estimado

Da Redação
Com Lusa

O impacto para Portugal do despedimento de 12.000 trabalhadores da Ford na Europa, até 2020, ainda não está estimado, garantiu à Lusa fonte da empresa, sublinhando que a fabricante apenas tem 13 funcionários em Portugal.

“Não há ainda informação precisa que se possa adiantar sobre o impacto […] em cada país, com exceção da Alemanha onde se prevê a redução de aproximadamente 5.000 postos de trabalho, no Reino Unido de cerca de 3.100, na Rússia de 2.200 e nos restantes países europeus de cerca de 1.600”, disse, em resposta à agência Lusa, fonte oficial da Ford Lusitana.

A Ford anunciou hoje que vai cortar 12.000 postos de trabalho na Europa, resultado do seu processo de reestruturação que tem em vista aumentar os lucros e agilizar as operações.

Do total, 8.000 correspondem a empregados fabris, 2.000 a funcionários de escritório do quadro da empresa e 2.000 de agências da Ford em toda a Europa.

De acordo com a mesma fonte, a Ford Lusitana “foi alvo de uma reorganização ibérica há cerca de quatro anos”, contando agora com apenas 13 pessoas.

Citada pela Associated Press, a Ford Europa indicou que a maioria dos postos vai ser suprimida, através de programas voluntários, até ao final de 2020.

“Separar funcionários e encerrar fábricas é a decisão mais difícil que tomamos”, afirmou o presidente da Ford Europa, Stuart Rowley.

O responsável da fabricante automobilística garantiu ainda que a empresa está a “disponibilizar apoio para minimizar o impacto” desta reestruturação.

Deste plano faz igualmente parte o encerramento de seis fábricas na Europa, entre as quais, em Bridgent, no País de Gales, França e três na Rússia.

A Ford Europa sublinhou ainda que estas alterações têm em vista tornar o negócio mais lucrativo, prevendo “melhorar significativamente” os seus resultados financeiros.

Em 20 de maio, o grupo automóvel já tinha indicado que ia reduzir, até ao final de agosto, 7.000 empregos a nível mundial, para conseguir economizar e adaptar-se ao declínio de vendas de alguns modelos, em particular nos Estados Unidos.

A Ford quer adaptar-se à transformação que está a ser feita no setor automóvel, sobretudo com o desenvolvimento de viaturas autônomas e a uma aceleração para os veículos elétricos, o que exige uma modernização das fábricas existentes.

Nesta perspetiva, está a reorganizar as suas atividades na Europa, ponderando uma possível redução na produção de modelos populares como o Fiesta, o Focus e o Mondeo.

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