Da Redação
Com Lusa
O Fundo Monetário Internacional (FMI) antevê, num relatório, que a dívida pública de Moçambique suba este ano para 108,8% do PIB, mantendo-se acima dos 100% do PIB até 2023.
De acordo com o anexo estatístico do ‘Fiscal Monitor’, divulgado em Washington no âmbito dos Encontros Anuais do FMI e do Banco Mundial, Moçambique deverá assistir a uma subida do rácio da dívida pública face ao Produto Interno Bruto, que deverá aumentar de 99,8%, no ano passado, para 108,8% este ano e 106,8% em 2020.
A previsão do FMI aponta, depois, para que em 2021 e 2022 a dívida pública se mantenha na ordem dos 108%, descendo depois para 101,7% em 2023 e decaindo ainda mais, para 90,3% do PIB em 2024.
O FMI prevê para a economia de Moçambique um crescimento de 1,8% do PIB, o mais baixo deste século, acelerando depois para 6% em 2020 e para 11,5% em 2024.
De acordo com o relatório sobre as Perspectivas Econômicas Mundiais, divulgado na terça-feira em Washington, os peritos do FMI antecipam que a economia moçambicana tenha crescido 3,3% em 2018 e registe a mais baixa expansão econômica desde, pelo menos, o início deste século.
Os dados do FMI mostram um crescimento médio de 8,2% na primeira década deste século e expansões em torno dos 7% até 2015, ano em que a desaceleração se tornou evidente, com o PIB a cair de 6,6% nesse ano para 3,8% em 2016.
Para o conjunto da região da África subsaariana, o Fundo prevê um crescimento de 3,2% neste ano e de 3,6% em 2020, “o que é ligeiramente mais baixo, em ambos os anos, do que o previsto no relatório de abril”.
O relatório ‘World Economic Outlook’, no original em inglês, não se debruça em pormenor sobre as economias africanas, oferecendo antes uma visão mais global da economia mundial.
A análise detalhada à África subsaariana será lançada ainda esta semana, no âmbito dos Encontros Anuais do FMI e do Banco Mundial, que decorrem em Washington.