Finlândia é oficialmente o 31º Estado-membro da OTAN em dia que celebra 74 anos

Cerimônia do hastear da bandeira da Finlândia no quartel-general da Aliança Atlântica. Foto: Gov/Ministério dos Negócios Estrangeiros

Mundo Lusíada com Lusa

A Finlândia já é o 31.º Estado-membro da OTAN (NATO na sigla em inglês) e a adesão foi oficializada nesta terça-feira com a entrega da documentação pelo secretário de Estado dos Estados Unidos da América (EUA), Antony Blinken.

“Com a entrega destes documentos, declaramos a Finlândia o 31.º Estado-membro da Aliança [Atlântica]”, disse Blinken durante a cerimônia no quartel-general da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), em Bruxelas, na Bélgica, onde foi içada pela primeira vez a bandeira do país nórdico ao lado das bandeiras dos outros Estados-membros.

Os EUA são um dos países signatários do tratado que deu origem à Aliança Atlântica em 1949. Portugal também integra o grupo de 12 membros fundadores da NATO.

A adesão oficial de Helsínquia realiza-se no mesmo dia em que a NATO celebra 74 anos de existência.

Portugal

O ministro dos Negócios Estrangeiros considerou que hoje a adesão “algo inesperada” da Finlândia à NATO foi desencadeada pela vontade que Helsínquia tinha de encontrar “um porto de abrigo” face à ameaça que o Kremlin representa.

“A adesão da Finlândia deve-se ao simples facto de a NATO [Organização do Tratado do Atlântico Norte] ser um porto de abrigo para países que se sentem ameaçados e é isso que explica a expansão da NATO ao longo dos últimos anos”, sustentou João Gomes Cravinho, numa breve declaração aos jornalistas no quartel-general da Aliança Atlântica, em Bruxelas, na Bélgica.

À semelhança do que já tinha dito o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, durante a manhã, o chefe da diplomacia portuguesa considerou que hoje é “um dia histórico” e sublinhou que a adesão de Helsínquia “é algo inesperada, na medida em que há um ano e meio não constava sequer na pauta do debate da agenda política finlandesa”.

“[A adesão] foi provocada pela invasão à Ucrânia”, completou, acrescentando que a vontade da Finlândia de aderir à Aliança Atlântica é “uma das manifestações daquilo que é uma transformação geopolítica” que está a ocorrer em todo o mundo por causa da invasão da Federação Russa.

Também o Presidente português Marcelo Rebelo de Sousa felicitou o seu homólogo finlandês, Sauli Niinistö, pela adesão, declarando o apoio “sem reservas” de Portugal a este “histórico alargamento”.

Para Marcelo Rebelo de Sousa, “o alargamento da Organização do Tratado do Atlântico Norte à Finlândia, que se concretizou hoje, 04 de abril, constitui um importante reforço da Aliança Atlântica e um sólido fortalecimento de uma estrutura que tem sido essencial em matéria de segurança e defesa coletiva”.

“Portugal, que apoiou sem reservas, de forma convicta e decidida a adesão da Finlândia à NATO, congratula-se por este histórico alargamento, na firme certeza de que a inclusão do seu mais recente membro contribuirá para reforçar o pilar europeu de defesa no seio da Aliança Atlântica”, acrescenta o chefe de Estado.

Fazem parte da OTAN Portugal, Estados Unidos da América, França, Alemanha, Reino Unido, Turquia, Albânia, Bélgica, Bulgária, Canadá, República Checa, Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Grécia, Hungria, Islândia, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Macedônia do Norte, Montenegro, Noruega, Países Baixos, Polônia, Romênia e agora a Finlândia.

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