Por Igor Lopes
No Rio, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) vai promover, na próxima segunda-feira, dia 10 de junho, a partir das 9 horas, a conferência internacional “Brasil-Portugal: Um olhar atual”, com a presença de nomes ligados à várias áreas de atuação nos dois países. O intuito do encontro é “estimular a descoberta de emergentes oportunidades em novas plataformas de cooperação”. O evento, que conta com o apoio do Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE), do Consulado-Geral de Portugal no Rio, e da Câmara Portuguesa de Comércio e Indústria carioca, vai ter lugar na sede da Fundação que fica localizada no bairro de Botafogo, na Zona Sul da cidade.
A ligação da FGV com os portugueses não é algo recente. Um programa de cooperação entre a entidade brasileira e as universidades portuguesas sustenta esse elo que é cada vez mais forte. O ISCTE é um dos principais parceiros da Fundação, através da realização de intercâmbios de alunos e professores em cursos de graduação e pós-graduação. Na área de treinamento de executivos, as duas entidades de ensino atuam em conjunto na oferta de MBA Executivo Global em Lisboa, envolvendo a rede de conveniadas da FGV no Brasil.
Por essa razão, o dia 10 de junho, que marca as comemorações em torno do dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, vai ser encarado de forma especial pela entidade brasileira. Ao todo serão quatro painéis que irão valorizar as dinâmicas entre aspectos políticos e econômicos das duas nações irmãs, além de tratar de temas como a língua portuguesa, projetos de inovação e desenvolvimento do setor energético.
Em entrevista ao Mundo Lusíada, Eduardo Marques, gerente de Relações Internacionais da FGV e organizador do evento, afirmou que “a conferência será uma ocasião de congregar professores das duas instituições (Instituto Universitário de Lisboa e FGV) na discussão de temas de interesse da sociedade dos dois países, em especial no que tange a soluções inovadoras no campo da administração pública e privada”.
Este responsável acredita que “as entidades organizadoras do evento esperam uma maior integração analítica entre os campos acadêmico e prático, tanto no setor privado quanto governamental, na criação de novas oportunidades de intercâmbio e negócio”.
Nomes renomados discutem temas de interesse comum
A mesa de abertura da conferência, que acontece no âmbito do Ano de Portugal no Brasil, vai ser composta por Carlos Ivan Simonsen Leal, presidente da FGV, Luís Reto, reitor do ISCTE-IUL, Nuno de Mello Bello, cônsul de Portugal no Rio, e Bianor Scelza Cavalcanti, diretor de Relações Internacionais da Fundação.
Às 10 horas, o primeiro painel vai tratar da “Dimensão Econômica e Geopolítica da Língua Portuguesa”. Para levar adiante as discussões, Fernando Machado, professor do ISCTE – IUL vai abordar o “Valor Econômico da Língua Portuguesa”, enquanto o embaixador Paulo Cordeiro de Andrade Pinto, subsecretário Político para África e Oriente Médio, do Ministério das Relações Exteriores, promete passar a “Visão do Itamaraty sobre o Valor Econômico” da língua portuguesa. Para encerrar este painel, Pedro Carvalho de Mello, professor e coordenador de Relações Internacionais do FGV Management, vai elucidar os participantes sobre a “Importância dos Países da CPLP como Mercado e Plataforma de Produção no Contexto Econômico Global”.
O segundo grupo vai ter como abordagem, a partir das 11h45, a temática “Projetos de Inovação Brasileiros e Portugueses Relacionados à Sustentabilidade”, que será acompanhado de perto por Sandro Mendonça, professor do ISCTE, cuja apresentação estará centrada no “Sistema Nacional (Eco-) inovação: Um Modelo aplicado ao Caso Português”. Já Pedro Sirgado, diretor-executivo do Instituto EDP, irá falar sobre a “Responsabilidade Social Corporativa nas Empresas: O Caso da EDP Energias do Brasil”. Por sua vez, Tecia Vieira Carvalho, presidente da Rede de Incubadoras de Empresas do Ceará – RIC e diretora-adjunta do Parque de Desenvolvimento Tecnológico – PADETEC, vai trazer ao público informações que giram em torno dos “Negócios Inovadores e Sustentabilidade no Nordeste Brasileiro”. Um dos assuntos do momento, “Bioenergia e Desenvolvimento Sustentável nos Países Africanos de Língua Portuguesa – O Caso de Moçambique” será o ponto central da palestra de Cléber Lima Guarany, coordenador de Projetos da FGV Projetos.
À tarde, por volta das 14h30, a retomada dos trabalhos terá como foco o painel “Economia criativa”. A vertente das “Políticas Públicas para uma Economia Criativa no Brasil” vai ser o mote da participação de Luiz Antônio Gouveia, diretor de Desenvolvimento e Monitoramento do Ministério da Cultura. Cláudio D’Ipolitto, coordenador do MBA em Gestão e Produção Cultural da FGV-Rio, vai falar sobre “Inovação em empreendimentos culturais: novos modelos de valor”, ao passo que Alberto Gomes da Silva, diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro, promete apresentar um panorama alargado do “Porto Maravilha e o Renascimento da Zona Portuária”.
No painel final, que começa às 16h15, estarão em pauta os “Novos Desafios da Mobilidade do Capital Humano – Portugal e Brasil”. A mesa vai ter a presença de Manuel Assunção, reitor da Universidade de Aveiro, que irá abordar o “Reconhecimento de Diplomas de Nível Superior” na visão Portuguesa, além de Paulo Alcântara Gomes, membro da Academia de Engenharia de Portugal, cuja preocupação será discutir a “importância da Formação de Quadros Técnicos e Científicos para o incremento da Cooperação Brasil-Portugal em Tecnologia e Inovação”, e de Antônio de Araújo Freitas Júnior, diretor de Integração Acadêmica da FGV, cuja comunicação irá estar centrada na “Mobilidade do Capital Humano”.
O encerramento dessas atividades acontece às 17h45 pelas mãos de Bianor Cavalcanti e Luís Reto.
