Festival reuniu gastronomia e cultura de refugiados no Rio

Migrarte 2018 - encontro celebra o Dia Mundial do Refugiado e a Semana do Migrante. O evento acontece no Memorial dos Povos Indígenas. Na foto, o afegão Omidullah Hamidzai, vende comida típica. Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Da Redação
Com EBC

Com comidas típicas, performances, artesanato e oficinas, refugiados que vivem no Rio de Janeiro celebraram a cultura de seus países no Rio Refugia, festival gastronômico, cultural e social em sua segunda edição na cidade. Neste ano, o evento foi organizado no Sesc Tijuca, na zona norte do Rio de Janeiro.

Comidas típicas de países como Haiti, Síria, Congo, Venezuela, Índia, Nigéria e Camarões estavam à venda em barracas. O público formou filas para provar iguarias como o as típicas arepas dos venezuelanos, principais solicitantes de refúgio no Brasil, em 2017, ao lado de cubanos e haitianos.

Entre os refugiados da África, o Brasil também recebe oriundos do Senegal, como Amina Nangob, que vive no Rio de Janeiro há seis anos. No evento, ela vendia roupas e acessórios de estilo africano.

“Eu vim para trabalhar e tentar uma vida melhor do que eu tinha lá. Estou trabalhando muito”, disse, sorridente, enquanto atendia clientes em sua barraca. Para Amina, a troca cultural é sempre positiva. “Cada um tem a sua vida, mas eu acho que, às vezes, a gente pode compartilhar as experiências com outras pessoas para melhorarmos”.

A assistente social Suelen Felix terminou a graduação com um trabalho sobre refugiados e foi ao festival manter a troca cultural que recomenda que todos busquem: “Acho importante os brasileiros se aproximarem dos refugiados e dos imigrantes. Se a gente olhar a formação do povo brasileiro, tem uma mistura”, lembrou Suelen, que acredita que essa é uma forma de combater preconceitos como o racismo que persiste na cultura brasileira

Suelen transformou a experiência em programa de sábado com o namorado, o designer gráfico Guilherme Lopes. “Tudo que tem um viés mais humanitário, a gente gosta muito. E a gente é da umbanda, então, estávamos comprando coisas relativas aos orixás”, disse o designer.

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