Festival da Saudade quer levar música portuguesa a milhares de emigrantes em Fátima

Da Redação com Lusa

 

O Festival da Saudade, que se realiza nos dias 15 e 16 de agosto em Fátima, concelho de Ourém, no distrito de Santarém, quer atrair milhares de pessoas que ali se deslocam para a Peregrinação do Migrante.

O programa junta artista como Tony Carreira, Mickael Carreira, Herman José, Mariza, Padre Borga ou Joana Amendoeira e, segundo o presidente da Câmara de Ourém, “tem tudo para dar certo” e “ser um sucesso”.

“Primeiro, pela data escolhida e pelo local. Como sabemos, Fátima tem a Peregrinação do Migrante, por volta do 13 de agosto, que vai coincidir com esta realização, onde habitualmente estão presentes milhares de emigrantes”, referiu à agência Lusa Luís Albuquerque.

O autarca acredita que o Festival da Saudade será mais nova opção para os emigrantes que se deslocam a Fátima nas férias de verão. “É a possibilidade de desfrutarem diversos concertos com esta dimensão e com estes artistas envolvidos”.

“Estão reunidas as condições para que tenhamos milhares de pessoas a assistir estes dois dias do Festival da Saudade”, salientou.

O festival, uma organização da Medialivre em parceria com a promotora Música no Coração e o município de Ourém, será “um tributo à música portuguesa e à cultural portuguesa”.

“O objetivo é também celebrar a portugalidade, é celebrar a partilha, os encontros e reencontros de pessoas que, durante o ano, trabalham noutros países, e que vêm a Fátima habitualmente, e que ali também se poderão encontrar”, acrescentou Luís Albuquerque.

A par da música, o Festival da Saudade quer proporcionar “uma verdadeira viagem gastronômica”, oferecendo “ampla variedade de iguarias regionais e uma exposição de produtos e artesanato locais, que refletem a essência da tradição e hospitalidade portuguesa”, antecipa o município de Ourém.

Luís Albuquerque calcula que o Heliporto de Fátima, que vai albergar os dois dias de festival, terá capacidade para acolher “perto de 20 mil pessoas” por dia, mas o cálculo da lotação do espaço não está fechado.

Certo é que o heliporto, “propriedade dos Bombeiros Voluntários de Fátima”, terá de receber “algumas alterações, que serão os bombeiros a fazer, através do protocolo que elaboramos com eles”:

“As alterações já estavam previstas e vamos acelerar para que estejam concluídas na altura do festival”. A intervenção vai passar, sobretudo, por “preparar melhor o terreno e o espaço”.

Pela centralidade de Fátima, pelos acessos, “e também pela possibilidade de estacionamento”, além “da excelente oferta de músicos que irão estar presentes”, o presidente da Câmara de Ourém acredita que, após esta primeira edição, este se tornará “um evento de âmbito nacional”:

“A ideia é que este seja o primeiro de outros, de muitos outros Festivais da Saudade, que se pretendem que continuem a fazer parte, a partir de agora, todos os anos, por esta altura”, concluiu.

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