Vindima no palco da casa. Confira Galeria de Imagens >>
Por Vanessa Sene
Na noite de 23 de fevereiro, a Casa de Portugal de São Paulo programou mais uma edição de um dos eventos mais especiais do ano, a típica vindima portuguesa.
Além de muita dança típica, o Grupo Folclórico da Casa de Portugal São Paulo preparou a representação da colheita e a pisa de uvas no palco da casa, e da merenda, com a partilha do pão folar, tremoços e azeitonas.
Ao Mundo Lusíada, o diretor social Vasco Monteiro falou sobre a “celebração” da vindima. “A primeira festa da vindima foi feita aqui na Casa de Portugal de São Paulo há muitos anos. Trouxemos o pessoal da Casa do Minho do Rio de Janeiro para nos ensinar a fazer a parreira” contou.
A pisa da uva é uma das festas mais portuguesas que existe, segundo ele, não se pisa mais a uva em muitos lugares de Portugal, atualmente feito por maquinário, mas em algumas aldeias ainda é possível encontrar a tradição da vindima.
“A Casa de Portugal tem por meta a cultura, isso é uma cultura, haja vista que em Portugal alguns estrangeiros até pagam para fazer a vindima e participar. É uma das festas mais tradicionais da Casa de Portugal” diz Vasco Monteiro.
“Agradeço sempre ao Mundo Lusíada que nos apoia em Santos e São Paulo” diz Vasco que é diretor social em São Paulo, e também no Centro Cultural Português de Santos, casa do grupo convidado desta noite.
Este ano, a casa encomendou 500 quilos de uvas do interior de São Paulo, para um público de cerca de 500 pessoas. Somado a isso, a parreira montada no palco tinha mais 200 quilos de uva. Ao final das apresentações, os folcloristas pisaram as uvas, comeram um folar e beberam um vinho no palco da casa. Alguns participantes também puderam experimentar a pisa das uvas, no lagar improvisado.
Folclore
A atração desta noite foi o folclore da Casa de Portugal, e também do convidado, o Rancho Folclórico Verde Gaio do Centro Cultural Português de Santos, que fez o público dançar e se divertir, somando duas belas apresentações folclóricas.
Wallace Oliveira, ensaiador do grupo luso-santista, esteve presente com 47 componentes do Verde Gaio. “Estamos com trajes do Minho litoral variado mas temos um repertório de norte a sul, dançamos desde o Minho até o Algarve”.
O grupo também se prepara para as próximas viagens. Além de apresentações marcadas na Argentina, de 19 a 23 de setembro, o Verde Gaio também tem agendado uma viagem para a Associação Luso-Brasileira de Campo Grande – Clube Estoril, no final de abril.
“Somos um grupo grande” diz o ensaiador, descrevendo desde crianças de 4 até 80 anos, num total de 50 integrantes. Um grupo com uma boa saúde. “Esperamos dar continuidade por bastante tempo”.