Da Redação
O e-commerce brasileiro faturou 56,8% a mais nos cinco primeiros meses de 2020 em comparação com igual período do ano passado, segundo pesquisa realizada pelo Movimento Compre&Confie em parceria com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm).
Embora o valor do tíquete médio tenha caído 5,4% – de R$ 420,78 para R$ 398,03 –, o aumento do faturamento foi possível porque houve crescimento de 65,7% no número de pedidos, de 63,4 bilhões para 105,06 bilhões.
As três categorias que registraram as maiores variações de crescimento foram Beleza e Perfumaria, que apurou alta de 107,4%, com faturamento de R$ 2,11 bilhões no período; Móveis, com alta de 94,4% e faturamento de R$ 2,51 bilhões; e Eletroportáteis, com 85,7% e faturamento de R$ 1,02 bilhão.
O desempenho das demais categorias pesquisadas ficou assim: Eletrônicos, alta de 68,4% e faturamento de R$ 3,93 bilhões; Esporte e Lazer, 66,8% e R$ 1,57 bilhão; Telefonia, 52,2% e R$ 7 bilhões; Eletrodomésticos, 51% e R$ 4,21 bilhões; Informática, 46,7% e R$ 4,20 bilhões; Moda e Acessórios, 34,9% e R$ 4,1 bilhões; Ar e Ventilação, 17,2% e R$ 1,22 bilhão.
André Dias, diretor executivo do Compre&Confie, afirma que os resultados refletem a mudança de comportamento do consumidor ao comprar na internet, que deve permanecer mesmo com o fim da pandemia.
“Os consumidores deverão ficar cada vez mais engajados nas compras à distância e movimentar de forma significativa o consumo de categorias relacionadas às necessidades básicas do dia a dia e ao esforço de prevenção da Covid-19”, acrescenta.
A região brasileira que registrou proporcionalmente o maior aumento no faturamento foi a Nordeste, com alta de 60,9% sobre o desempenho de 2019. Mesmo com o incremento, o local respondeu por 15,3% da receita no período de janeiro a maio de 2020.
Em segundo lugar, com crescimento de 54,9%, ficou o Sudeste; que respondeu por 62,2% do faturamento total do comércio eletrônico no período. Em terceiro lugar, a Centro-Oeste teve alta de 47,1% e participação de 6,6% no faturamento deste ano, seguida pela Sul, que registrou evolução de 39,2% e participação de 13,2% no faturamento deste ano. Finalmente, a Norte teve alta de 44,1% e participação de 2,7%.
O presidente da ABComm, Mauricio Salvador, afirma que empresas com operação restrita ao ambiente físico estão em uma situação de desvantagem ampla e correm sérios riscos de sobrevivência. “É preciso correr pela presença digital. É possível começar a vender on-line de forma rápida e simples, sem a necessidade de grandes investimentos”, finaliza.
A Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) surgiu para fomentar o setor de e-commerce com informações relevantes, além de contribuir com seu crescimento no país. A associação reúne representantes de lojas virtuais e prestadores de serviços nas áreas de tecnologia da informação, mídia e meios de pagamento, atuando frente às instituições governamentais em prol da evolução do setor.