Fado no Brasil: Alexandrina Ribeiro

Por Thais Matarazzo

Humberto Fernandes, Alexandrina Ribeiro e Bonfim no restaurante Portucale.

A fadista Alexandrina Ribeiro iniciou sua trajetória artística já madura. Trabalhou em parceria com o comunicador Fernando Lopes no rádio paulista a partir do fim da década de 1990. Juntos apresentaram vários programas de rádio: “Caravela Lusitana da Saudade”, “Portugal Show e Saudade” e “Almoço com a Família Luso-paulistana”. Na televisão participou de “Portugal nas Caravelas”, transmitido pelo Canal Comunitário (TV a cabo).

Nascida na Lixa, Amarante (norte de Portugal) aos 27/10/1945, já gostava de cantarolar desde pequenina. Veio para o Brasil com 16 anos morar com seu irmão Carlos, que trabalhava no Rio de Janeiro. Logo, se casou e mudou-se para São Paulo, onde nasceram seus três filhos: Flávio, Abílio e Becker.

Em 2006, lançou o CD “Tom magoado” com 13 fados, destaque para “Lágrimas”, de Amália Rodrigues e Carlos Gonçalves. Os acompanhamentos das faixas foram feitos por Otávio Miranda, na guitarra portuguesa; Bonfim, no violão e Serginho Borges, no baixo.

Alexandrina Ribeiro cantou muitos anos no restaurante “Portocale”, na Vila Olímpia, na Pauliceia. Não se considerava uma cantora profissional. Trabalhou bastante no interior de São Paulo, era sempre solicitada para shows em clubes e festas particulares. Seus amigos afirmam que era sempre foi muito solicita, uma mulher que adorava a noite e o fado.

Ultimamente residia no litoral sul paulista, vinha para a capital todos os finais de semana para cantar. Se afastou dos meios artísticos nos primeiros meses de 2010 devido a uma doença. Na época, apresentava aos domingos, juntamente com Fernando Lopes, o programa “Os Imigrantes”, na Rádio Trianon AM (que atualmente tem continuação com José Carlos Teixeira e o Comendador Teixeira). A artista faleceu aos 27/4/2011, na cidade de São Paulo.

 


Por Thais Matarazzo
Jornalista, escritora e pesquisadora musical. Autora do livro “Irene Coelho, uma brasileira de coração português”. Membro da UBE – União Brasileiro de Escritores. E colunista do Mundo Lusíada Online.

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