F1 em Portimão: GP de Portugal foi “um sucesso”

Mundo Lusíada
Com Lusa

O presidente da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK), Ni Amorim, considerou neste domingo que o Grande Prêmio de Portugal de Fórmula 1 “foi um sucesso”.

Em comunicado, o líder federativo disse que “ver o Grande Prêmio acontecer foi um enorme alívio e uma grande satisfação”.

“Desportivamente, a prova foi um sucesso. Pilotos e equipes teceram largos elogios à pista e à organização, o que nos deixa extremamente satisfeitos. Não podemos esquecer que todo este ‘circo’ foi montado num curto espaço de tempo”, disse o presidente da FPAK.

Ni Amorim revelou ainda que o presidente da Federação Internacional do Automóvel (FIA), o francês Jean Todt, “também ficou muito bem impressionado com a pista, com as infraestruturas e com a envolvência”.

Ni Amorim admitiu que “houve coisas que correram muito bem e outras que precisam de ser melhoradas, mas isso é normal e faz parte de todo um processo”.

“Saio de Portimão com o dever de missão cumprida e ciente de que estamos no bom caminho para fazermos parte do calendário da Fórmula 1. Acredito que não foi um participação esporádica, vamos ter de trilhar todo um caminho, é certo, mas o que se fez este fim de semana foi impar”, concluiu.

Vitória para história

A vitória do britânico Lewis Hamilton (Mercedes) no Autódromo Internacional do Algarve deixou o GP de Portugal na história da Fórmula 1, pois foi o 92.º triunfo do britânico, novo recorde da modalidade.

Hamilton, que partiu da ‘pole position’, concluiu as 66 voltas ao traçado algarvio, onde se disputou a 12.ª prova da temporada, em 1:29.56,828 horas, deixando em segundo o finlandês Valtteri Bottas (Mercedes) a 25,592 segundos e, em terceiro, o holandês Max Verstappen (Red Bull), a 34,508 segundos.

No 263.º GP disputado por Hamilton, esta foi a 162.ª vez em que o atual campeão do mundo (seis títulos) subiu ao pódio (outro recorde), ficando em 92 delas no degrau mais alto.

O triunfo em Portugal foi, também, o oitavo da temporada em 12 corridas disputadas, décimo pódio do ano.

Por tudo isto, Hamilton ficou ainda mais isolado na liderança do Mundial, agora com 256 pontos, contra os 179 de Bottas e os 162 de Verstappen.

Esta foi uma das corridas mais animadas da temporada, graças, também, aos pingos de chuva que caíram no momento da partida e que baralharam as contas dos pilotos.

Hamilton, como se previa, segurou a liderança, mas Verstappen foi mais lesto do que Bottas e chegou ao segundo lugar, prontamente recuperado pelo finlandês na terceira curva.

O piloto da Red Bull pareceu ter-se distraído e saiu largo, envolvendo-se, ainda, num toque com o mexicano Sergio Perez (Racing Point).

O líder viria a apanhar um susto na curva sete, devido à umidade do asfalto, a demorou algumas voltas a ganhar confiança com o carro.

Aproveitou Bottas para saltar para a frente, até se ver ultrapassado pelo espanhol Carlos Sainz (McLaren), que surpreendia tudo e todos, vindo da sexta posição da grelha.

Mais atrás, outro finlandês, no caso Kimi Raikkonen (Alfa Romeo), que fazia uso da experiência acumulada, também no Mundial de Ralis, subiu até ao sétimo lugar.

O aguaceiro rapidamente secou e a normalidade regressou. Sainz começou a andar para trás após cinco voltas em primeiro, tal como Raikkonen.

Até que, à 20.ª volta, Hamilton recuperou a liderança, para não mais a perder, nem mesmo quando se viu acometido por cãibras na parte final da corrida, registrando, mesmo, a volta mais rápida da prova.

“Nunca pensei nos números, porque isso é uma distração. Houve chuva, tanto vento, e esta pista é tão exigente…”, comentou, no final.

Em quarto lugar terminou o monegasco Charles Leclerc (Ferrari), a 1.05,312 minutos, o último dos pilotos a concluir a prova na volta do vencedor.

O francês Pierre Gasly (Alpha Tauri) foi quinto, já a uma volta de Hamilton, seguido por Carlos Sainz, o mexicano Sergio Perez, o francês Esteban Ocon (Renault), o australiano Daniel Ricciardo (Renault) e o alemão Sebastian Vettel (Ferrari).

O canadiano Lance Stroll (Racing Point) foi o único piloto a desistir, depois de colidir com o McLaren do britânico Lando Norris.

“Só podia sonhar estar onde estou hoje. Não tinha uma bola mágica quando decidi vir para esta equipa. Todos os dias estamos todos a remar na mesma direção. É um dia abençoado”, disse Hamilton.

O elogio ao circuito de Portugal foi um dos destaques do domingo, a 12.ª prova da temporada de Fórmula 1 seguiu para o país depois do calendário ter sido reformulado devido à pandemia de covid-19.

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