Exportações sobem 1,3% e importações aumentam 7,9% em julho

Da Redação
Com Lusa

As exportações de bens aumentaram 1,3% e as importações subiram 7,9% em julho face ao período homólogo, tendo-se o déficit comercial agravado para 1.751 milhões de euros, divulgou em Lisboa o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Em junho as exportações tinham diminuído 8,3% e as importações tinham recuado 3,7%, num desempenho influenciado pelo menor número de dias úteis no período.

Segundo as Estatísticas do Comércio Internacional do INE, excluindo os combustíveis e lubrificantes, em julho as exportações aumentaram 3,0% e as importações cresceram 7,9% (-6,2% e +0,2%, respetivamente, em junho de 2019).

No mês de julho, o défice da balança comercial de bens atingiu 1.751 milhões de euros, mais 452 milhões de euros do que no mês homólogo de 2018, sendo que, excluindo os combustíveis e lubrificantes, o saldo foi negativo em 1.202 milhões de euros, deteriorando-se em 314 milhões de euros face a julho de 2018.

No trimestre terminado em julho de 2019, as exportações e as importações de bens aumentaram, respetivamente, 0,5% e 5,9% face ao trimestre terminado em julho de 2018 (+0,9% e +6,5%, pela mesma ordem, no segundo trimestre de 2019).

Se acordo com o INE, em termos das variações homólogas mensais, no mês de julho destaca-se ao nível das importações (que cresceram 7,9%) a evolução de 9,0% registada no comércio intra-União Europeia (UE) e o acréscimo de 27,9% nas importações de ‘material de transporte’, nomeadamente ‘outro material de transporte’ (maioritariamente aviões), com um contributo de +4,2 pontos percentuais para a taxa de variação homóloga total.

Relativamente às variações face ao mês anterior, “em julho de 2019 as exportações aumentaram 13,4% (-15,3% em junho de 2019) e as importações cresceram 7,2% (-8,2% em junho de 2019)”, com as variações registadas em ambos os fluxos a resultarem “tanto do comércio intra-UE como do extra-UE”.

Segundo nota o INE, estas variações podem “estar em parte relacionadas com o facto de julho de 2019 ter mais cinco dias úteis que junho de 2019”.

Numa análise por grandes categorias econômicas de bens, registaram-se em julho face ao mês homólogo de 2018, acréscimos generalizados nas exportações, com exceção dos ‘combustíveis e lubrificantes’, que decresceram 20,8%, tendo o maior aumento ocorrido nas exportações de ‘fornecimentos industriais’ (+3,9%).

Também nas importações todas as grandes categorias econômicas registraram acréscimos, destacando-se o ‘material de transporte’ (+27,9%), sobretudo ‘outro material de transporte’ (maioritariamente aviões).

Tendo em conta os principais países de destino em 2018, destaca-se em julho de 2019 o acréscimo homólogo nas transações com França, para onde as exportações aumentaram 10,8% e as importações cresceram 67,0%, salientando-se os aumentos de ‘material de transporte’ em ambos os fluxos, designadamente de ‘automóveis para transporte de passageiros’ nas exportações e de ‘outro material de transporte’ (maioritariamente aviões) nas importações.

O INE avançou ainda hoje os resultados provisórios das estatísticas do comércio internacional relativas a 2018, que apontam para exportações de 57.807 milhões de euros e importações de 75.364 milhões de euros (-152 milhões de euros e +331 milhões de euros face aos resultados preliminares anteriormente divulgados) e para um saldo da balança comercial de -17.557 milhões de euros (que compara com os -17.075 milhões de euros dos resultados preliminares).

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