Da Redação
Com Lusa
As exportações de bens e serviços portugueses cresceram 5,7% no ano passado, face a igual período de 2012, para 68,2 bilhões de euros, segundo os dados da AICEP a que a Lusa teve acesso. As exportações portuguesas subiram em 2013 pelo quarto ano consecutivo, e o saldo da balança comercial de bens e serviços foi positivo pela primeira vez em 70 anos, segundo dados oficiais.
O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, e o presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), Pedro Reis, fizeram um balanço destes dados, que têm como base a primeira versão global de números do Banco de Portugal.
Em 2013, os bens representaram 69,9% das exportações totais, com uma variação de 4,9% face a 2012, enquanto os serviços tiveram um peso de 30,1% e um aumento de 7,7%, “tendo contribuído com 3,4 pontos percentuais para o crescimento total, equivalente a uma participação de 39,8% no aumento das vendas externas”, de acordo com a AICEP.
As exportações para a União Europeia subiram 5,0% e para os extracomunitários avançaram 7,2%, com os países fora do universo da União Europeia (UE) a representarem 31% das vendas totais ao exterior.
As vendas para os países extracomunitários contribuíram com 2,2 pontos percentuais para o crescimento global das exportações, ou seja, “38,8% do aumento das exportações teve origem nos mercados extra UE”.
Espanha foi o principal cliente português, com uma quota de 20%, seguida da França (12,4%), Alemanha (11%) e Reino Unido (8,3%), destino de missões de captação de investimento que o ministro da Economia empreendeu nos últimos meses.
Angola e Estados Unidos ocuparam o quinto e sexto lugar, respectivamente, assumindo a liderança nos mercados no universo fora da União Europeia, com 6,6% e 4,7%.
De acordo com os dados, dos 15 principais mercados de exportação, sete são fora da União Europeia.
Dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) apontam que havia 22.685 empresas portuguesas a exportar no ano passado, mais 4.886 que 3 anos antes.
Na conferência de imprensa, em Lisboa, o Vice-Primeiro-Ministro, Paulo Portas, afirmou que “estes números são sustentáveis”, porque “há quatro anos que estamos a subir as exportações”.