Da Redação
Com Lusa
As exportações de vinho português atingiram cerca de 806 milhões de euros em 2018, um aumento estimado de 3,3% face a 2017, de acordo com um estudo da Informa D&B.
De acordo com o estudo “Setores Vinho” da empresa, o excedente comercial também cresceu, passando de 643 milhões de euros em 2017 para 648 milhões em 2018, apesar do “notável crescimento” anual das importações, de 15,3%.
Não obstante o crescimento do valor das exportações, o volume estimado de produção da campanha 2018/2019 baixou para 5,30 milhões de hectolitros, “cerca de menos 20%” que na campanha anterior, que registou um aumento de 11,9%, aponta o estudo.
A empresa informou ainda que 43% das exportações correspondem a vinho licoroso, como o vinho do Porto, que absorve 40% do valor total exportado.
Em termos de regiões, o Douro/Porto é o maior gerador de volume de produção, com 21,5% do total na campanha 2017/2018, seguindo-se-lhe Lisboa, com 18%, Minho e Alentejo, com 14% cada, e Beiras, com 12%.
Os países de destino do vinho português são, sobretudo, da União Europeia, com 60% do total das vendas a destinar-se a esse mercado, com o Reino Unido e França a permanecerem como “principais mercados”.
Fora da União Europeia, os destinos mais importantes das exportações vinícolas portuguesas são os Estados Unidos, o Brasil, o Canadá e Angola, segundo a Informa D&B.
Em termos de empresas do setor, e em dados relativos a 2017, o número situou-se em 1.346 em Portugal. Já o número de trabalhadores passou de 9.183 em 2014 para 9.929 em 2017.
De acordo com a companhia, o tecido empresarial vinícola português é composto maioritariamente por “pequenos operadores” com uma média de sete trabalhadores, e só 26 empresas são compostas por mais de 50 trabalhadores. Apenas duas têm acima de 500 trabalhadores.
A zona norte de Portugal continental concentra 42% do total de empresas do setor.