Da Redação
Com Lusa
Angola consolidou em 2012 o lugar de quarto maior mercado das exportações portuguesas, com as vendas de bens e serviços de Portugal a ultrapassarem pela primeira vez a fasquia dos 4 bilhões de euros.
A informação foi dada à Lusa por Luís Moura, Conselheiro Econômico e Comercial da embaixada de Portugal em Luanda, à margem de um encontro de empresários luso-angolanos promovido pelo embaixador de Portugal.
“No total, Portugal exportou cerca de 4,3 bilhões de euros. Exportou praticamente 3 bilhões de euros em bens, mais 1,3 bilhões em serviços. Angola é o nosso quarto mercado, e esse lugar foi consolidado claramente em 2012 e no primeiro trimestre de 2013 já há dados que confirmam esta evolução”, disse.
No sentido inverso, também se verifica um acentuado crescimento, com Angola, que em 2008 era o 36º fornecedor de bens a Portugal, a subir 30 posições, situando-se agora como sexto. O angolano representa a quase totalidade das exportações de Angola para Portugal, com 99% do total.
O encontro promovido pelo embaixador João da Câmara juntou a missão empresarial portuguesa, organizada pela Associação Industrial Portuguesa, que participou na 3ª edição da Feira Internacional de Benguela (FIB), e empresários angolanos.
Jorge Oliveira, diretor do Departamento de Feiras e Exposições da AIP, disse à Lusa que a participação portuguesa na FIB, apoiada pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), “constituiu um sucesso”.
“Na província de Benguela (litoral sul de Angola), há um grande dinamismo, um conjunto de obras e projetos enormes que estão em marcha e para os quais as nossas empresas têm competências”, frisou.
A missão integrou 15 empresários de nove empresas, e os sectores mais representados foram produtores de materiais eléctricos, distribuição de energia, ambiente, impermeabilização, aterros sanitários, agropecuária e materiais de construção.
“Não temos dúvida que em Benguela se vai criar um polo forte, dinamizador de negócios”, acrescentou Jorge Oliveira.
Aquele responsável da AIP disse ainda que as empresas portuguesas que desejem apostar na internacionalização deverão seguir duas regras básicas: ter capacidade financeira e quadros preparados.
“A internacionalização é muito exigente. Tanto ao nível de alguma capacidade financeira, porque não será no dia a seguir que se começam logo a ter resultados, como a um outro nível também extremamente importante: É preciso vir com os melhores”, defendeu.