Da Redação
Com Lusa
Os portos nacionais, o turismo de cruzeiros e as exportações de pescado estão entre as principais atividades da economia azul nacional, de acordo com a 7.ª edição do LEME — Barômetro PwC.
Segundo o estudo da consultora PricewaterhouseCoopers (PwC), a que a Lusa teve acesso, existem várias indústrias do mar que têm crescido e vivido níveis interessantes de desenvolvimento, apesar das dificuldades macroeconômicas.
“Se ao aumento da carga movimentada nos portos, assim como ao crescimento dos cruzeiros, juntarmos o aumento das exportações da fileira do pescado, temos três grandes pilares do crescimento azul português”, salienta o autor do estudo e ‘partner’ da consultora, Miguel Marques.
No que diz respeito aos movimentos anuais de navios, mercadorias e contentores, por exemplo, a evolução global deste subsetor continuou a ser positiva em 2015, tendo-se assistido igualmente a um enorme crescimento no Registo Internacional de Navios da Madeira em termos de tonelagem de arqueação bruta dos navios.
Já no caso da aquacultura, e apesar das boas condições naturais e da excelente qualidade dos produtos, Portugal “continua a enfrentar o desafio do aumento de dimensão das empresas que operam no setor”.
No entanto, embora se tenha verificado uma queda em termos da produção de aquacultura em 2015, bem como da quantidade de peixe descarregada em Portugal pela frota nacional, o valor das exportações de produtos de pesca continuou a crescer, entre 2014 e 2015.
Quanto ao turismo de cruzeiros, tem vindo a revelar-se “um dos segmentos turísticos mais dinâmicos, apresentando bons níveis de crescimento”, com o movimento de passageiros e o número de escalas a crescer em 2015.
A 7ª edição do LEME — Barómetro PwC, da autoria de Miguel Marques, dedicada à sustentabilidade ambiental salienta que os diversos desafios que o crescimento da população coloca, a nível de alimentação, energia, emprego, saúde e lazer “têm resposta na economia do mar”.
Entre as vantagens competitivas de Portugal, o LEME aponta as “características ímpares de boa qualidade ambiental do seu mar, reconhecidas internacionalmente, que se refletem nos produtos e serviços da economia do mar”.
No entanto, a maioria dos 50 gestores e personalidades inquiridas no âmbito deste estudo (85%) considera que Portugal não aproveita da melhor forma todo o potencial do mar e 78% pensa que o argumento da boa qualidade ambiental do mar é usado de forma insuficiente para promover os produtos portugueses.
“Portugal deve ser mais proativo na defesa do meio ambiente marinho e comunicar melhor esta vantagem competitiva que tem no contexto internacional”, sublinha o relatório, indicando que este é um fator diferenciador.