Portugal exportou para a China produtos no valor de 2.128 milhões de dólares em 2017.
Da Redação
Com Lusa
As exportações e as importações registraram em 2017 uma “significativa aceleração”, aumentando 10,1% e 12,5% face a 2016, tendo o ano terminado com um agravamento do déficit comercial para 13.843 milhões de euros.
Segundo as ‘Estatísticas do Comércio Internacional’ do Instituto Nacional de Estatística (INE), o aumento de 10,1% das exportações em 2017 representa uma “significativa aceleração” relativamente ao acréscimo de 0,8% verificado em 2016, enquanto a subida de 12,5% das exportações traduz uma “acentuada aceleração” relativamente ao crescimento de 1,5% do ano anterior.
No final de 2017, o déficit da balança comercial atingiu 13.843 milhões de euros em 2017, um agravamento de 2.622 milhões de euros face ao ano anterior que se refletiu num decréscimo da taxa de cobertura em 1,8 pontos percentuais, para 79,9%.
Excluindo os combustíveis e lubrificantes, as exportações e as importações cresceram respectivamente 9,1% e 10,7% em 2017 (+2,3% e +5,1% em 2016) e o déficit da balança comercial situou-se em 9.754 milhões de euros, correspondente a um aumento de 1.665 milhões de euros face a 2016.
China
Portugal exportou para a China produtos no valor de 2.128 milhões de dólares em 2017, um crescimento de 34,69%, num ano em que as trocas comerciais entre os dois países desceram 0,17%.
Dados oficiais publicados no portal do Fórum Macau e com base nas estatísticas dos Serviços de Alfândega chineses, Lisboa vendeu a Pequim produtos no valor de 2.128 milhões de dólares (cerca de 1,7 mil milhões de euros), enquanto da China chegaram produtos no valor de 3.480 milhões de dólares.
Apesar de as trocas comerciais, no valor de 5.608 milhões de dólares, ainda serem favoráveis à China, ao longo de 2017 Portugal pagou, em valor, menos 13,81% em produtos a Pequim.
Os mesmos dados indicaram que as trocas comerciais entre a China e a Lusofonia se fixaram em 117.588 milhões de dólares ao longo do ano passado, verificando-se um crescimento de 29,4%.
O Brasil é o principal parceiro da China no âmbito do bloco lusófono, tendo registrado trocas comerciais de 87.534 milhões de dólares. Pequim comprou a Brasília produtos no valor de 58.302 milhões de dólares e o Brasil vendeu mercadorias no valor de 29.233 milhões de dólares.
Entre a China e o Brasil, as trocas comerciais ampliaram-se 29,5%, com as importações de Pequim a aumentarem 28,4% e as vendas a Brasília a crescerem quase 32%.
Angola surge no segundo lugar do ‘ranking’ lusófono com trocas comerciais com a China no valor de 22.345 milhões de dólares, com Luanda a enviar para Pequim produtos no valor de 20.048 milhões de dólares e a fazer compras de 2.297 milhões de dólares.
No ano em análise, as trocas comerciais entre os dois países subiram 43,42%, com Pequim a fazer mais 45% de compras, em valor. As exportações da China para Angola aumentaram 30,45% em 2017.
A China estabeleceu a Região Administrativa Especial de Macau como plataforma para a cooperação econômica e comercial com os países de língua portuguesa em 2003, ano em que criou o Fórum Macau, que se reúne a nível ministerial de três em três anos.