Da Redação
Os Estados Unidos são “um parceiro essencial no esforço de aumento das exportações” portuguesas, segundo afirmou o Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, na conferência de alto nível sobre o acordo de parceria comércio e investimento entre a União Europeia (UE) e os Estados Unidos (EUA), em Lisboa.
“Portugal está a implementar uma estratégia ambiciosa de diplomacia econômica, que tem como principais objetivos a captação de investimento estrangeiro e a internacionalização das nossas empresas”, afirmou o Ministro português.
Referindo que “o futuro da nossa economia passa por ser ainda mais fortemente internacionalizada”, o Ministro sublinhou que o comércio externo é hoje um dos pilares essenciais do programa de recuperação econômica no país.
“Os EUA assumem, neste exercício de expansão de mercados, uma posição que nos permite identificá-los como um parceiro essencial no esforço de aumento das exportações, destacando-se entre os países que mais cresceram nas importações de produtos nacionais”, explicou Rui Machete.
“A relação estratégica que a UE pretende continuar a promover com este parceiro privilegiado e incontornável [os EUA] passa inevitavelmente por um reforço desta posição mediante a negociação de um novo quadro institucional”, afirmou o Ministro, lembrando que a relação de Portugal com os EUA, “de par com a nossa integração no espaço europeu e a nossa relação privilegiada com os países do espaço da lusofonia, integra ainda as prioridades estratégicas de política externa no longo prazo”.
“Estou convicto de que este acordo contribuirá de forma decisiva para garantir às nossas empresas exportadoras e investidores as oportunidades e a segurança necessárias para realizar de forma plena o potencial que o mercado dos Estados Unidos tem para oferecer”, concluiu.
Rui Machete lembrou alguns números da relação comercial entre Portugal e os EUA, para sublinhar as dimensões com potencial de crescimento, que unem as duas partes.
Em 2012, de acordo com os dados apresentados pelo governante, as exportações de bens para os EUA cresceram 25%, totalizando 1.865 milhões de euros, colocando este país no sétimo lugar do ‘ranking’ dos parceiros comerciais de Portugal e o segundo fora do espaço da União Europeia, com uma fatia de 5,8% das saídas globais de mercadorias.
A balança comercial, aliás, é favorável a Portugal em mais de 900 milhões de euros, dadas as importações de 961 milhões de euros no ano passado.