Da Redação
A gastronomia foi um dos serviços mais bem avaliados por estrangeiros que visitaram o Sudeste no ano passado. É o que aponta o estudo da Demanda Turística Internacional no Brasil, que captou índices de aprovação de 94,4% a 97,3%.
Segundo o levantamento, encomendado pelo Ministério do Turismo à Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), Argentina, Estados Unidos e Portugal lideraram a emissão de viajantes à região.
O Sudeste abriga o principal destino nacional de viajantes a lazer, a cidade do Rio de Janeiro, sendo que o município de Armação de Búzios, no litoral norte fluminense, ocupa a quarta posição no mesmo ranking. Já a capital paulista é a líder do país na chegada de turistas a negócios, e Campinas, no interior do estado, figura no quarto lugar entre os mais buscados no Brasil para eventos, feiras e convenções.
O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, frisa que atrativos do Sudeste desempenham um importante papel na atração de visitantes ao país. “Estamos falando das principais portas de entrada de turistas no Brasil, Rio e São Paulo, além de estados que reúnem belezas únicas, como Espírito Santo e Minas Gerais. E o Sudeste, muitas vezes, é o ponto de partida do viajante que decide conhecer o país”, salienta.
Hotéis, flats e pousadas são os meios de hospedagem mais utilizados por estrangeiros no Rio e São Paulo, enquanto em Minas e Espírito Santo a principal opção é por casas de parentes e amigos. A pesquisa também indica a aprovação da hospitalidade na região, com percentuais de 94,9% a 97,9%. Não por acaso, mais de 93% dos turistas manifestam intenção de retornar ao país, sendo que pelo menos 52,9% já haviam estado no Brasil.
Segundo o estudo, além das capitais fluminense e paulista, alguns dos destinos mais procurados no Sudeste são Macaé e Paraty, no Rio; Ubatuba e Campinas, em São Paulo; Vitória e Vila Velha, no Espírito Santo, e Belo Horizonte, Uberlândia e Ouro Preto, em Minas.
Gastronomia do Centro-Oeste
Também a grande maioria dos turistas estrangeiros que visitaram estados do Centro-Oeste e o Distrito Federal em 2018 aprovou a gastronomia da região, com um índice de 96,9%. A culinária teve maior destaque em Goiás e no Mato Grosso do Sul, onde 98% e 97,2% dos visitantes, respectivamente, avaliaram positivamente o item.
No Distrito Federal e em Goiás, os norte-americanos foram os principais turistas estrangeiros em 2018. Já no Mato Grosso do Sul, os nossos vizinhos bolivianos representaram uma importante parcela dos visitantes no estado. Todas as 3 Unidades Federativas (UFs) da região avaliadas no estudo do MTur tiveram o ecoturismo como o principal motivo de visitas internacionais.
Entre os destinos líderes em procura para lazer, as cidades mais visitadas foram Alto Paraíso de Goiás, Bonito (MS), Brasília (DF), Campo Grande (MS) e Goiânia (GO). A maioria se hospedou em casas de amigos e parentes, com um índice superior a 45%, enquanto hotéis, flats e pousadas responderam por índices de 16,8% a 37,7% das escolhas.
Mais de 93,6% dos turistas estrangeiros que estiveram no Centro-Oeste manifestaram intenção de retornar ao Brasil, sendo que pelo menos 66,5% deles já haviam estado no país anteriormente.
Demais Regiões
A região mais ensolarada do Brasil teve a sua grande vocação turística como a maior razão da visita de estrangeiros no ano passado. Segundo o estudo, sol e praia foram as principais motivações da estada de viajantes a lazer no Nordeste, com índices que variam de 69,6% a 92,9%.
Entre os destinos campeões em procura, destaque para as cidades de Maceió e Maragogi, em Alagoas; Salvador e Mata de São João, na Bahia; Fortaleza e Jijoca de Jericoacoara, no Ceará; Ipojuca e Recife, em Pernambuco, e Natal e Tibau do Sul, no Rio Grande do Norte. A percepção positiva dos estrangeiros também consagrou outro atributo típico da região: a gastronomia, aprovada com médias de 90,8% a 96,5%.
A Argentina foi o país que mais enviou visitantes ao Nordeste, seguida de Uruguai e Chile. A maioria dos visitantes se hospedou em hotéis, flats ou pousadas, com um índice superior a 53%.
No Sul, a hospitalidade é um dos itens mais bem avaliados pelos turistas internacionais que visitaram a região Sul do Brasil em 2018. 99,5% dos visitantes estrangeiros do Rio Grande do Sul aprovaram a receptividade e a atenção dos gaúchos. Esse índice também é quase uma unanimidade nos estados de Santa Catarina (99%) e do Paraná (98%).
Entre os destinos mais procurados, destaque para as cidades de Foz do Iguaçu e Curitiba, no Paraná; Torres e Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, e Florianópolis e Bombinhas, em Santa Catarina. A Argentina foi o país que mais enviou visitantes à região, seguida de Paraguai e Uruguai.
Ainda, natureza, ecoturismo e aventura foram as principais motivações dos turistas estrangeiros que visitaram o Norte do Brasil em 2018. No caso do Amazonas, 67,2% dos entrevistados declararam interesse em conhecer a fauna e a flora, mesma razão de 45,3% dos viajantes que foram ao Pará.
Outro item que se destaca entre os turistas estrangeiros é a hospitalidade do povo nortista. Nada menos que 96,5% dos que estiveram no Amazonas aprovaram a receptividade local. Já 94,6% dos que visitaram o Pará avaliaram como positiva tal característica. Do total de turistas estrangeiros no Amazonas em 2018, 97,4% aprovaram a comida típica. No Pará, a avaliação positiva foi ainda maior: 98.3%.
Os Estados Unidos lideram entre os países que mais enviaram visitantes ao Norte, seguidos de Argentina e França. Mais de 92,6% dos turistas estrangeiros que estiveram na região manifestaram intenção de retornar, sendo que mais de 52,4% deles já haviam estado no país anteriormente.
DADOS NACIONAIS
A pesquisa, realizada ao longo de 2018 com 39 mil turistas de outras nacionalidades, revelou que a experiência turística no Brasil superou ou atendeu plenamente a expectativa de 87,7% dos entrevistados, e 95,4% pretendem voltar ao país. No ano passado, o Brasil registrou 6.621.376 chegadas internacionais, um crescimento de 0,5% em relação a 2017 (6.588.770).
O número de visitantes provenientes das quatro nações então beneficiadas com a adoção do visto eletrônico – Austrália, Canadá, Estados Unidos e Japão – cresceu 15,73%.
Os canadenses foram os que mais aproveitaram a vantagem, com um salto de 45,3%, seguidos dos australianos (24,7%), norte-americanos (13,3%) e japoneses (5,5%). Desde 17 de junho de 2019, cidadãos desses países estão isentos da exigência do documento.