Da Redação
Com Lusa
O Ministério das Finanças anunciou em 04 de julho ter vendido o BPN Crédito, por 36 milhões de euros, a duas gestoras de fundos inglesa e portuguesa que se comprometem a “manter um número significativo de postos de trabalho”.
Em comunicado, a tutela adianta que o contrato de compra e venda de ações da BPN Crédito IFIC, S.A. (BPN Crédito) foi assinado entre a Parparticipadas (sociedade detida pelo Estado através da Direção-Geral do Tesouro e Finanças onde estão o Banco Efisa e o BPN Crédito) e a Firmus Investimentos, uma sociedade cujos últimos beneficiários são a CS Capital Partners e a Eurofun, de direito inglês e de direito português, respectivamente.
Salientando que a compradora “se comprometeu a manter um número significativo de postos de trabalho”, o executivo informa que esta solução “constitui uma alternativa à liquidação da BPN Crédito, que implicaria a perda de todos os postos de trabalho”.
“Permite ainda minimizar os custos para o Estado, estimados em aproximadamente 62,9 milhões de euros, face à alternativa de liquidação da sociedade, cujos custos se estimaram ser de 114 a 139 milhões de euros, tendo como referência o valor a novembro de 2013”, acrescenta.
De acordo com as informações fornecidas, a CS Capital Partners, LP é um fundo gerido pela Cabot Square Capital LLP, uma sociedade gestora de fundos de ‘private equity’, com sede em Londres e fundada em 1996, que faz “investimentos de médio e longo prazo em sociedades financeiras”.
A Eurofun Lda. é uma empresa portuguesa com sede em Lisboa e com “experiência na gestão e reestruturação de ativos bancários e de empresas de serviços financeiros em diversos mercados”.
O Governo recorda que o processo de alienação da BPN Crédito teve início em janeiro de 2012 mediante convite dirigido a 31 entidades selecionadas para analisarem a transação, tendo quatro apresentado proposta.
A operação foi intermediada pelo Banco Efisa, sociedade do perímetro da Parparticipadas que atuou na qualidade de assessor financeiro, e pela sociedade de advogados Macedo Vitorino & Associados, que atuou como assessor jurídico do Estado.
Esta é mais uma alienação inserida no processo de venda das participações sociais que foram transferidas do Banco Português de Negócios (BPN) para o Estado português em fevereiro de 2012 e segue-se ao reforço de capital da Parparticipadas em 37,5 milhões de euros anunciado pelo Tesouro na quinta-feira.
Já alienados foram o BPN Brasil, a Real Vida Seguros, BPN Gestão de Activos e BPN IFI, com um encaixe global de 72,4 milhões de euros.