Mundo Lusíada
Em uma crítica a manifestação que aconteceu neste dia 13 na Avenida Paulista, contra políticas e cortes na Educação brasileira, o ministro Abraham Weintraub polemizou ao citar a Portuguesa de Desportos.
O clube paulistano não gostou da postagem publicada pelo ministro em seu Twitter e respondeu nesta quarta-feira. Diversos torcedores na internet também criticaram a ironia do ministro.
Após 46 anos a Portuguesa Futebol Clube finalmente volta a ser Campeã Paulista. A Leões da Fabulosa levou todos os torcedores do time do Canindé para comemorar na Av. Paulista (foto). A frota de combis congestionou a Al. Santos. O fornecimento de pães está suspenso até amanhã. pic.twitter.com/MUuVAePGmz
— Abraham Weintraub (@AbrahamWeint) August 14, 2019
“Após 46 anos a Portuguesa Futebol Clube finalmente volta a ser Campeã Paulista. A Leões da Fabulosa levou todos os torcedores do time do Canindé para comemorar na Av. Paulista (foto). A frota de combis congestionou a Al. Santos. O fornecimento de pães está suspenso até amanhã” publicou o ministro, ironizando a concentração de manifestantes reunidos no Masp (Museu de Arte de São Paulo), em São Paulo.
Mais tarde, o ministro ainda comentou no mesmo post: “Desculpe a brincadeira (com a Lusinha, todos gostamos dela)! Já o PT e UNE…” escreveu Weintraub.
Em resposta, a Portuguesa de Desportos publicou: “O excelentíssimo min. da educação deveria se ocupar em temas mais nobres para o país do que fazer chacota com o sentimento de milhares de torcedores da Portuguesa. Aliás @AbrahamWeint o nome da Lusa é Associação Portuguesa de Desportos, e não Portuguesa Futebol Clube”.
Ainda na tarde deste dia 14, a Associação Portuguesa que comemora 99 anos de fundação, promoveu um ato solene na Lusa.
A solenidade faz parte das comemorações dos 99 anos do Clube e contava com a presença da Banda da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo, em evento aberto ao público.
Protestos
Convocados por entidades sindicais e movimentos estudantis, professores, técnico-administrativos e estudantes participaram dia 13, em várias cidades do país, de atos contra o contingenciamento de recursos da educação, em defesa da autonomia das universidades públicas e contra a reforma da Previdência.
Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), foram agendados atos em ao menos 170 cidades dos 26 estados, além do Distrito Federal. Mas a adesão foi menor que em manifestações anteriores.
De acordo com a UNE, os protestos também são contra a proposta do Ministério da Educação (MEC) de instaurar o programa Future-se, que, segundo a pasta, busca o fortalecimento da autonomia administrativa, financeira e da gestão das universidades e institutos federais. Para as entidades sindicais e movimentos estudantis, o projeto transfere atribuições dos governos para o mercado.