Da Redação
Durante os oito anos em que morou em Portugal, o escritor e jornalista Stevan Lekitsch foi anotando todas as palavras que eram diferentes, tanto em grafia, quanto em pronúncia, utilização ou significado, do vocabulário português de Portugal, em relação ao vocabulário português usado no Brasil.
Eram os produtos no supermercado, o que era falado nas lojas, os rodapés das notícias da televisão, e por aí vai. Toda a vez que uma palavra se diferenciava, não era reconhecida, ou tinha uma utilização diferente da que os brasileiros usavam, ia para o papel. Aliás, as compras na papelaria também eram um sufoco.
E durante os últimos anos de pandemia, as anotações se intensificaram. Tanto que o resultado foi esse: um Dicionário com mais de 2.200 verbetes: o Pequeno Dicionário Rápido e Prático Brasileiro-Português e Português-Brasileiro.
Alguns exemplos são clássicos e corriqueiros. Por aqui falamos celular, e por lá, telemóvel. A nossa palavra deriva do inglês, cell phone, e a deles do espanhol e italiano, telemóvel. Para nós, o durex vende na papelaria, e serve para colar. Para eles, é o preservativo. O nosso “durex”, eles chamam de fita-cola. O inverso também se aplica, pois há várias palavras para eles que são utilizadas de forma completamente diferente do que por nós. E vale lembrar que a quantidade de brasileiros, tanto como turistas ou como moradores, em territórios portugueses, é enorme.
“Apesar de os portugueses e nós brasileiros falarmos (teoricamente) o mesmo idioma, o Português, o fato da língua dos dois países estarem vivas, ainda em uso, e sofrendo influências constantes (dos EUA, da África, do restante da Europa), faz com que elas fiquem cada vez mais distantes uma da outra”, afirma Lekitsch.
E qual a importância desse dicionário na prática? Stevan, que vem de uma família que durante anos trabalhou no turismo, ia se sentir muito acolhido se, como brasileiro, tivesse esse dicionário na sua chegada à Portugal.
“Sou do tempo em que os turistas, ao saírem para ou chegarem a um destino, recebiam um “kit” com folhetos, mapas, dicas, vouchers de descontos, do local aonde iam, e, creio, que isso não mudou muito até hoje. A única coisa que muda agora é a tecnologia que temos. Você pode ter tudo isso digitalmente, na palma da sua mão literalmente”, explica Lekitsch.
Pensando nisso, Stevan lançou o seu dicionário em formato digital, que pode ser adquirido e baixado no celular ou no tablet. “Ideal para aquele turista que está indo para Portugal, ou para o português que está chegando ao Brasil”, comenta ele. “O dicionário vai dentro do celular, ou do telemóvel”. Agora Stevan Lekitsch busca uma editora convencional para publicar o dicionário em formato impresso.
Lekitsch, 49 anos, é Bacharel em Comunicação Social pela FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado), e desde os 13 anos de idade se dedica a arte da escrita, tendo 5 livros publicados, revistas e materiais impressos editados, além de centenas de reportagens e artigos em mídias impressas e digitais. Morou por 8 anos em Portugal onde adquiriu o conhecimento e identificou as diferenças que possibilitaram a criação deste dicionário.
SERVIÇO:
Pequeno Dicionário Rápido e Prático Brasileiro-Português Português-Brasileiro
Assunto: dicionário, linguística, tradução, língua portuguesa.
Autor: Stevan Lekitsch.
Editora: Interconectada Comunicação.
ISBN: 978-65-00-45880-0.
Edição: 1ª – 2022.
Páginas: 87 páginas.
Formato: arquivo digital em PDF.
Valor: R$ 30,00.