Escola da Noite, de Coimbra, traz ao Brasil peça sobre imigração

Da Redação
Com Lusa

Litoral de Santos. Foto: Mundo Lusíada
Litoral de Santos. Foto: Mundo Lusíada

A companhia de teatro de Coimbra Escola da Noite vai trazer em março, ao Brasil, a peça “Novas diretrizes em tempos de paz”, na qual se aborda a imigração no contexto da II Guerra Mundial.

O espetáculo vai estar presente em Santos, entre 11 e 12 de março, e em São Paulo, numa mini-temporada na sala da SP Escola de Teatro, entre 14 e 19 de março, no âmbito dos apoios à internacionalização concedidos pela Direção-Geral das Artes.

A peça, da autoria do dramaturgo brasileiro Bosco Brasil, passa-se no fim da II Guerra Mundial e aborda a história de um cidadão polaco que tenta recomeçar a sua vida no Brasil, mas que se depara com um oficial da alfândega “que desconfia das suas intenções e se recusa a permitir-lhe a entrada no país”, referiu.

Segundo a nota de imprensa, a peça aborda a xenofobia e as restrições à mobilidade, oferecendo também “uma metáfora sobre o lugar do teatro e da arte em geral nas nossas vidas”.

A peça, com encenação de António Augusto Barros e interpretação de Igor Lebreaud e Jorge Loureiro, vai também estar presente em Tábua, a 06 de março, em Sintra, a 07, no âmbito do festival “Periferias”, e vai ainda estar em reposição em Coimbra, entre 26 e 29 de março.

Estas deslocações surgem no âmbito da digressão que a Escola da Noite realiza entre fevereiro e março, em que também vai apresentar a peça “Auto dos Físicos”, de Gil Vicente, em diferentes localidades.

O espetáculo, coproduzido com a Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, esteve na província de Cáceres, em Espanha, a 31 de janeiro, percorrendo depois Covilhã, Caldas da Rainha, Leiria e Miranda do Corvo, em fevereiro, para além da reposição em Coimbra, no Teatro da Cerca de São Bernardo.

De acordo com a Escola da Noite, esta peça, escrita e representada entre 1519 e 1524, fala de um padre que “morre de um amor não correspondido e quatro médicos [os “físicos”] visitam-no à vez, sugerindo estranhos remédios”.

O espetáculo, apesar de se centrar nos quatro físicos, é também “um retrato da corte, da Igreja e da sociedade portuguesa do século XVI”.

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