Empresas portuguesas não suportam novas paradas de atividade, diz setor

Da Redação
Com Lusa

A Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC) alertou nesta sexta-feira que o setor “não suporta” novas paragens de “funcionamento forçadas” e apelou ao Governo para conciliar as medidas de controle da pandemia com a continuação do funcionamento das empresas.

“A economia portuguesa, o setor dos Centros Comerciais e as empresas não suportam mais paragens de funcionamento forçadas”, alerta António Sampaio de Matos, presidente da APCC, criado em comunicando, vincando que este tipo de medidas provoca “prejuízos avultados, perdas de emprego no setor e contribui para o desacelerar da economia”.

O apelo da APCC surge no dia em que o primeiro-ministro, António Costa, está a ouvir todos os partidos com representação parlamentar para procurar um consenso para a adoção de medidas imediatas de combate à pandemia de covid-19, que tem registrado um continuado aumento em Portugal.

As medidas a tomar pelo Governo serão depois anunciadas por António Costa, no sábado, no final de uma reunião do Conselho de Ministros extraordinário.

Receando medidas que possam limitar os horários de funcionamento ou a atividade das empresas e a deslocação de pessoas, a APCC apela que as decisões do Conselho de Ministros tenham em conta a “necessidade de conciliar as medidas de segurança e saúde pública com continuação do funcionamento da economia portuguesa”.

Na leitura desta associação, soluções que restrinjam os horários “são contraproducentes” porque contribuem para uma maior concentração de pessoas em determinados períodos do dia. Por isso, defende a manutenção de horários mais alargados nos centros comerciais.

“Os centros comerciais nacionais são ambientes seguros e controlados, tendo realizado uma transformação, por via de elevados investimentos, para maximizar a segurança, o distanciamento social, bem como o cumprimento de todas regras sanitárias. Esta vertente da segurança sanitária é certificada por várias organizações nacionais e internacionais de referência, que atestam estes espaços como locais seguros, pelo que não será compreensível qualquer medida de maior restrição da atividade do setor”, refere ainda o comunicado.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 45,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 2.468 pessoas dos 137.272 casos de infecção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

O governo avalia avançar com o recolher obrigatório e alargar as restrições impostas em Paços de Ferreira, Felgueiras e Lousada a mais municípios, mas recusa um novo confinamento geral.

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