Da Redação
Com Lusa
O ministro dos Negócios Estrangeiros elogiou, no dia 20, o investimento de Paulo Pereira no Douro e realçou a “importância da diáspora no investimento” no país e na projeção de Portugal no estrangeiro.
“São investidores que vêm da nossa diáspora, que estão a investir entre nós e mais uma vez que estão a trazer modernidade, estão a modernizar o nosso empresariado e a nossa economia e sempre conseguimos arrastar quem possa difundir pelo país este exemplo que é muito positivo” em Portugal, elogiou Augusto Santos Silva.
Numa visita ao empreendimento turístico na margem sul do Douro, a Quinta da Pacheca, num dia em que visitou outro investimento privado da diáspora, em Alfandega da Fé, e seguia para um terceiro em Gondomar, o ministro não poupou estes portugueses.
“Porque é uma pessoa que não hesitou em investir em Portugal, na região a que pertence e investiu no sentido de adquirir este empreendimento e transformá-lo neste projeto. Como foi evidente, moderniza a quinta, traz novas valências ao empreendimento económico que a quinta é e permite preservar esta enorme riqueza paisagística e cultural que é a vinha do Douro”, concretizou.
A Quinta da Pacheca recebeu ao longo dos últimos sete anos “quase três milhões de euros, sendo que na primeira fase do projeto foram investidos 1,5 milhões e, neste momento, decorrem obras no valor de 4,300 milhões, a concretizar até 2019”, explicou uma das sócias.
Maria do Céu Gonçalves, sócia de Paulo Pereira, explicou que neste pacote de “inovação e ampliação do projeto” recorreram a um programa do Turismo de Portugal, “pela primeira vez, não só porque o capital próprio é limitado mas também porque é um direito como todos os outros investidores” e neste sentido vão receber um subsídio de 3,3 milhões de euros.
A Quinta da Pacheca vê assim alargada a sua capacidade hoteleira em 50 quartos, um ‘spa’, piscina, ‘wine shop’ (loja de vinho) onde decorrem degustações e provas, uma cozinha regional e uma “profissionalização da cozinha existente assim como a finalização dos 10 pipos ‘bungalows’ que são únicos no país”, enumerou o diretor do empreendimento.
Álvaro Lopes destacou ainda a acessibilidade, uma vez que “não era possível a circulação pelo hotel de pessoas com mobilidade física e assim que as obras estiverem concluídas poderão circular em qualquer parte sem o menor entrave”.
Numa cerimônia intimista, Paulo Pereira agradeceu a passagem da comitiva do governo pelo seu negócio e realçou a “importância desta visita simples, até para a equipa, porque isso é valorizar o trabalho que tem sido feito.”
“Não são só os subsídios, as pessoas não podem estar habituadas à facilidade, têm de mostrar trabalho e todo o rigor destes organismos fazem com que o dinheiro que as pessoas vão buscar seja realmente investido e nós estamos realmente a investir, a desenvolver para dar uma imagem diferente, melhor, melhorar o Douro e também Portugal, que é o que queremos”, defendeu.
Paulo Pereira aproveitou a presença do secretário de Estado das Comunidades Portuguesas para desafiar outros emigrantes na diáspora a investirem no país, “porque Portugal mudou completamente nestes últimos anos”.
“Queria agradecer a reatividade da câmara [Lamego], porque temos sempre tido uma reatividade muito rápida e isto tudo mudou em Portugal e é isso que digo aos portugueses que vivem lá fora e é preciso motivar esta gente lá fora para virem para cá, nós temos grande potencial na comunidade portuguesa e dizer a estas pessoas que isto mudou completamente, é tudo mais ágil”, elogiou.
Um desafio que o ministro dos Negócios Estrangeiros corroborou até pela “economia nacional e da própria projeção internacional de Portugal”.
“Na diáspora, na nossa emigração, temos oportunidades muito importantes para a nossa própria economia, quer do ponto de vista de mercados para que as nossas empresas possam exportar quer de regiões onde a nossa economia pode ir buscar investimento, capital, ideias de negócios, empreendimentos”, rematou Augusto dos Santos Silva.