Da Redação
Com Lusa
A fabricante de aeronaves brasileira Embraer prevê que o mercado chinês irá encomendar 1.390 novos jatos com até 150 lugares nos próximos 20 anos.
A previsão, divulgada durante a 12.ª Exposição Internacional de Aviação & Aeroespacial da China, destacou ainda que esta procura pode gerar 82 mil milhões de dólares (71,8 mil milhões de euros) em negócios.
“Segundo as estatísticas, o mercado da Ásia-Pacífico teve o maior crescimento em termos de volume de passageiros em 2017. Na China, especificamente para o mercado interno, a taxa de crescimento foi de 13,3%”, destacou em comunicado Arjan Meijer, chefe do departamento de aviação comercial da Embraer.
“Graças ao constante ritmo de crescimento econômico, investimento contínuo na construção de aeroportos, a implementação de planos básicos de serviços aéreos e aumento de classe média, acreditamos que nos próximos 20 anos, aeronaves com até 150 lugares terão um enorme potencial na China”, acrescentou.
A companhia projetou as suas expetativas levando em conta a construção de 50 aeroportos prevista no 13.º Plano Quinquenal da China (2016-2020) e no facto de que até 2035 outros 140 aeroportos regionais devem ser construídos no país, facto que exigirá mais aeronaves com um número adequado de lugares para desenvolver novas rotas.
“Os dados mostram que os 30 principais aeroportos da China movimentam quase 80% do total de passageiros, o que resulta na capacidade saturada e na escassez de “slots” [vagas para aterragens e decolagens] em aeroportos centrais. Portanto, a Embraer acredita que as companhias aéreas vão investir mais nos mercados secundários e terciários com abundantes fontes de aviação”, destacou o comunicado.
Para atender à crescente procura por viagens, a Embraer destacou o lançamento dos E-Jets E2, a nova geração de jatos da empresa com até 150 lugares.
Até ao momento, o programa E-Jets E2 registou mais de 270 pedidos, dos quais mais de 130 estão efetivados. Na China, a Embraer fechou 22 compromissos de venda para os E-Jets E2.
A Embraer é líder na fabricação de jatos comerciais de até 150 lugares e a principal exportadora de bens de alto valor agregado do Brasil.
A empresa tem unidades industriais, escritórios, centros de serviço e de distribuição de peças, entre outras atividades, nas Américas, África, Ásia e Europa.
A Embraer mantém duas fábricas em Portugal, no Parque de Indústria Aeronáutica de Évora, a 130 quilômetros a leste de Lisboa, sendo que a empresa também é acionista da OGMA (65%), em Alverca, nos arredores de Lisboa.