Embaixador abre Mês de Portugal no Acre com homenagem a famílias portuguesas

Da Redação
Com agencias

A primeira-dama do Estado, Marlúcia Cândida, o embaixador de Portugal no Brasil, Francisco Ribeiro Telles e a embaixatriz Maria Ribeiro Telles, abriram oficialmente o Mês de Portugal no Acre (Foto: Gleilson Miranda/Secom)
A primeira-dama do Estado, Marlúcia Cândida, o embaixador de Portugal no Brasil, Francisco Ribeiro Telles e a embaixatriz Maria Ribeiro Telles, abriram oficialmente o Mês de Portugal no Acre (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

Para homenagear as famílias portuguesas que contribuíram para o desenvolvimento do estado, uma programação especial é dedicada a elas no Mês de Portugal no Acre, que teve início em 29 de maio.

A programação foi aberta com a abertura da Exposição Pelos Caminhos de Portugal, montada na Biblioteca da Floresta. Além das 11 famílias que serão homenageadas ao longo deste mês, o evento também contou com a participação do embaixador de Portugal no Brasil, Francisco Maria de Souza Ribeiro Telles, e da embaixatriz Maria João Ribeiro Telles.

O Mês de Portugal no Acre é uma idealização da primeira-dama do Estado, Marlúcia Cândida, e do governador Tião Viana, ambos descendentes de portugueses. Um acordo cultural entre os dois países tornou 2013 o ano de Portugal no Brasil e o ano do Brasil em Portugal.

Marlúcia explica que a ideia é resgatar parte da história acreana – que foi escrita com a ajuda dos portugueses que ajudaram a colonizar e a desenvolver o estado. “E hoje nós temos uma nova geração de descendentes de portugueses que continuam investindo no Acre ajudando nossa economia a se desenvolver. É uma homenagem bonita e merecida para estas famílias que, como tantas outras, de outras origens, deram sua contribuição para que o Acre fosse o que é hoje. Temos uma grande programação, pensada com muito carinho”, disse a primeira-dama.

O embaixador de Portugal no Brasil disse que vai trabalhar para estreitar os laços do país com o Acre.  “Esse evento no Acre tem um significado muito especial para mim, porque se trata de uma homenagem às famílias portuguesas que vieram para cá e ajudaram a desenvolver o Acre e fizeram muito. É um exemplo para todos nós o que eles foram capazes de fazer”, disse.

O governador Tião Viana é a terceira geração de uma família de portugueses. “Meu avô veio aos 15 anos para cá nos porões de um navio, e aqui encontrou outros parentes que já estavam. Vejam como é a história. Em 1986 um português deu o nome de Rio Tejo a um afluente do alto Rio Juruá para lembrar o rio de sua terra. Meu tio avô fez parte do Conselho da Revolução Acreana. Meus filhos são a quarta geração desta família e o Acre é este estado que acolhe a todos com muito carinho e amor”, disse o governador.

O prefeito da capital, Marcus Alexandre, disse à Agencia de Notícias do Acre que foram os Lameira e os Ribeiro os primeiros a trazer para o estado o transporte coletivo – os veículos levaram mais de 40 dias para chegar a Rio Branco.

Entre as famílias que são homenageadas estão os Ribeiros. Valmir Ribeiro, pecuarista que investiu também na criação de quelônios e tartarugas da Amazônia, hoje é o presidente do Tribunal de Contas do Estado. “Todas as famílias portuguesas que chegaram aqui trabalharam muito e contribuíram para a formação, desenvolvimento do estado que nos acolheu tão bem”, disse. Graça Gomes Ribeiro, médica, também é descendente de família portuguesa. “Nossos familiares vieram para estas terras e construíram a nossa história, da qual temos muito orgulho. Não temos a data certa de quando eles chegaram ao Brasil, aportaram primeiro na Ilha de Marajó onde criaram búfalos, e depois se estabeleceram aqui no Acre. Acreditamos que eles deixaram Portugal por volta de 1890”, contou.

Sobre a exposição

Montada de forma a levar o visitante a percorrer os caminhos de Portugal, conhecendo suas principais cidades e características, a exposição é fruto de um trabalho de pesquisa coordenado pelo Departamento de Patrimônio Histórico da Fundação Elias Mansour e do empenho dos jornalistas Rose Farias e Manoel Souza.

A exposição homenageia 11 famílias de origem portuguesa que se estabeleceram no Acre e contribuíram para o desenvolvimento do estado: Barbosa, Ribeiro, Lameira, Gallo, Lopes, Figueiredo, Ferreira, Carvalho, Gomes Ribeiro, Zamora e Macedo. Os interessados podem conhecer a exposição Pelos Caminhos de Portugal na Biblioteca da Floresta, que virou o palco para essa viagem pelo país lusitano.

Um bom bacalhau e um pastel de Belém como sobremesa estiveram no cardápio, durante o jantar, embalado a um fado na voz de Monycah Ramos, jantar que fez parte da primeira noite da programação do mês de Portugal no Acre. O evento, com mais de 300 pessoas, aconteceu no Afa Jardim e toda a renda foi destinada a obras de reforma no Lar Vicentino.

Os pratos foram assinados pelos chefs George Gonçalves e Cristiano Santos, do Senac Bahia, com o apoio dos chefs do Senac Acre, Rosevaldo Souza e Fernanda Costa. O evento foi uma realização do Governo do Estado.

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