Em Moçambique, Católicos e muçulmanos contra liberalização do aborto

Mundo Lusíada
Com Lusa

Responsáveis católicos e muçulmanos manifestaram a sua oposição à proposta do Governo de liberalizar o aborto até às 12 semanas, considerando que atenta contra a dignidade humana, em 05 de agosto.

“A liberalização do aborto é um passo não muito feliz para o nosso povo, para a nossa cultura e para nossa fé. Quem acredita em Deus não pode pactuar com essa decisão porque a vida é um dom, e o quinto mandamento é para respeitar a vida” disse à Lusa Francisco Chimoio, bispo da arquidiocese de Maputo

A proposta de lei sobre o aborto anunciada há duas semanas pelo governo moçambicano, que autoriza a interrupção voluntária da gravidez até às 12 semanas, vai ser enviada para aprovação parlamentar, onde a FRELIMO detém maioria absoluta.

Francisco Chimoio referiu ainda que em casos do feto colocar em risco a vida da mãe, os médicos podem aconselhar a fazer o aborto, porém a decisão deve ser tomada pela mulher.

“Cada um tem a sua consciência, nos casos em que o feto coloca em risco a vida da mãe, os médicos podem aconselhar e a pessoa toma a decisão, tendo em conta que cada um tem que pagar pelos seus atos”, disse.

“Somos contra o aborto, porque quem dá vida é Deus, e quem a tira é somente Deus. Ninguém tem o direito de tirar a vida do outrem”, disse à Lusa Issufo Maomade segundo secretário da Comunidade Maometana de Moçambique.

“Mas temos algumas exceções para o aborto, como, por exemplo, quando o feto coloca em risco a vida da mãe” ressalvou Issufo Maomade.

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