Em Lisboa, 12 mil em cinco milhões votaram para o Conselho das Comunidades

Da Agencia Lusa Portugal

 

Cerca de 12 mil portugueses no estrangeiro votaram domingo nas eleições para o Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP), número que é uma minoria em relação aos cerca de cinco milhões de emigrantes.

De acordo com dados do gabinete do secretário de Estado das Comunidades, o país com maior número de votantes foi Macau (2.630), seguido de França (2.250), da Venezuela (1.026) e dos Estados Unidos (909).

De destacar também que na Finlândia e na Noruega houve apenas dois votos, no Uruguai, na Irlanda e em Timor-Leste votaram três pessoas e na Itália, Grécia e Áustria não votou ninguém.

Os números avançados pelo gabinete do secretário de Estado das Comunidades englobam todos os votos (válidos, nulos e brancos).

Apesar de os números oficiais só serem conhecidos na terça-feira, algumas embaixadas já divulgaram os resultados provisórios, tendo no Luxemburgo vencido a lista A encabeçada por Eduardo Dias, que foi assim reeleito.

De acordo com fonte da Embaixada no Luxemburgo, a lista A venceu com 363 votos, seguindo-se a "C" com 300 votos e a "B" com 64 votos.

A mesma fonte indicou que das 59.416 pessoas com capacidade eleitoral foram votar 745, das quais quatro votaram em branco e outras quatro tiveram os seus votos anulados.

Em Andorra, a única lista candidata, de José Silva, venceu com 128 votos válidos, disse fonte da Embaixada naquele principado.

Na Alemanha, onde a abstenção foi de 99,5 por cento, a única lista concorrente pelo círculo de Berlim e Hamburgo obteve 63 votos, tendo-se ainda registrado seis votos em branco e um voto nulo.

O conselheiro eleito por este círculo é Alfredo Stoffel, de Hamburgo. No círculo de Dusseldorf, Frankfurt e Estugarda venceu a lista A com um total de 514 votos, tendo sido eleitos Rui Paz (Dusseldorf), José Eduardo (Frankfurt), e Piedade Frias (Estugarda).

Do total de inscritos nos cadernos eleitorais (132.092) votaram apenas 655 pessoas. Na Venezuela, registrou-se um número recorde de votantes – 1.178 pessoas, mais 115 por cento do que nas anteriores eleições para o CCP, em Março de 2003.

No entanto, segundo fontes consulares, pelo menos 150.000 portugueses estão habilitados para votar, em Caracas.

Na Venezuela existem duas circunscrições consulares; Caracas, que apresentou quatro listas, cada uma com quatro candidatos principais e quatro suplentes, e Valência, que elege um conselheiro mas não apresentou candidaturas.

A lista C obteve a maioria dos votos (532), seguida pela lista A (348), a lista B (248) e a Lista D (50) votos.

Segundo os dados provisórios, todos os candidatos foram eleitos pela primeira vez, dois deles pela lista C (Luís Jorge e Estela Lúcio), um pela Lista A (António Pereira) e outro pela Lista B, Maria de Lourdes Almeida.

A Lista D não obteve votos suficientes para ver eleito um dos seus elementos. Em Macau, o deputado e presidente da Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau, Pereira Coutinho, foi hoje reeleito como conselheiro do CCP ao recolher 2.540 votos num ato eleitoral com lista única.

Além de Pereira Coutinho, foram ainda eleitos como conselheiros Armando de Jesus, funcionário público, e Ana Manhão, a coordenadora do rancho folclórico da Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau.

Ao longo do dia, e com 118.944 inscritos no consulado-geral de Portugal em Macau, votaram 2.630 pessoas das quais 23 votaram em branco e 67 acabariam considerados nulos.

Em declarações à agência Lusa no final da votação, Pereira Coutinho disse que a diminuição do resultado da sua lista em 2008 face a 2006 (na altura teve 3.600 votos) é explicado com o fato de existir apenas uma única lista candidata às eleições para o Conselho das Comunidades Portuguesas.

"Desde sábado que recebemos dezenas de telefonemas de pessoas a avisar que não podiam ir votar e por isso, tendo em conta ser uma lista única, consideramos este um resultado muito positivo", afirmou.

Criado em 1996, o Conselho das Comunidades Portuguesas é um órgão consultivo do Governo para as políticas relativas à emigração e às comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo sendo ainda representativo das organizações não governamentais de portugueses no estrangeiro.

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