Em Brasília, cancelado lançamento do livro “Biografia Involuntária dos Amantes” do português João Tordo

Da Redação

EscritorJoaoTordoA Embaixada de Portugal, o Camões – Instituto da Cooperação e da Língua e a Companhia das Letras cancelaram o lançamento do livro “Biografia Involuntária dos Amantes”, do escritor português João Tordo.

A apresentação e sessão de autógrafos, com o autor, seria no dia 19/04 (quarta-feira), às 19h00, no Auditório do Camões I.P., na Embaixada de Portugal. “Por motivos de saúde, o escritor não poderá vir ao Brasil na data prevista. Uma nova data será marcada e divulgada” divulgou o Camões.

João Tordo nasceu em Lisboa em 1975. Formado em Filosofia pela Universidade Nova de Lisboa, trabalhou como jornalista freelancer em vários jornais. Viveu em Londres e nos Estados Unidos. Em 2001, venceu o Prêmio Jovens Criadores na categoria de Literatura e, mais tarde, o Prêmio Literário José Saramago 2009 com As Três Vidas (2008), tendo sido finalista, com o mesmo romance, do Prêmio Portugal Telecom, em 2011. Com o romance O Bom Inverno foi finalista do Prêmio Melhor Livro de Ficção Narrativa da Sociedade Portuguesa de Autores (2011) e do Prêmio Fernando Namora (2011); a tradução francesa integrou os finalistas da 6.ª edição do Prêmio Literário Europeu.

Da sua obra publicada constam ainda os romances: O Livro dos Homens sem Luz (2004), Hotel Memória (2007), Anatomia dos Mártires (2011, Finalista do Prémio Literário Fernando Namora 2012), O Ano Sabático (2013), Biografia Involuntária dos Amantes (2014, Finalista do prémio Fernando Namora 2015 e do Prémio Melhor Livro de Ficção Narrativa da Sociedade Portuguesa de Autores 2015). Os seus livros estão publicados em vários países, incluindo França, Itália, Alemanha, Hungria, ou Brasil. Em 2015 publicou dois romances: O Luto de Elias Gro e O Paraíso Segundo Lars D., os dois primeiros volumes de uma trilogia

Sobre o livro

Numa estrada adormecida da Galiza, dois homens atropelam um javali. A visão do animal morto na estrada levará um deles — Saldaña Paris, um jovem poeta mexicano de olhos azuis inquietos — a puxar o primeiro fio do novelo da sua vida. Instigado pelas confissões desconjuntadas do poeta, o seu companheiro de viagem — um professor universitário divorciado — irá tentar descobrir o que está por trás da persistente melancolia de Saldaña Paris.

A viagem de descoberta começa com a leitura de um manuscrito da autoria da ex-mulher do mexicano, Teresa, que morreu há pouco tempo e marcou a vida do poeta como um ferro em brasa. O narrador não poderia adivinhar (porque nunca podemos saber as verdadeiras consequências dos nossos actos) que a leitura desse manuscrito teria o mesmo efeito sobre a sua vida.

As páginas escritas por Teresa revelam a sua adolescência no seio de uma família portuguesa contaminada pela desilusão: um pai ausente e alcoólico, um tio aventureiro e misterioso, uma mãe demasiado protetora. Mas o que ressalta com maior vivacidade daquelas páginas é o relato enternecedor do seu primeiro amor, ao mesmo tempo que começam a insinuar-se na sua vida realidades grotescas e brutais. Confrontado pela primeira vez com a suspeita dessa terrível possibilidade, Saldaña Paris mergulha numa depressão profunda. Determinado em libertar o amigo do poder corrosivo do mal, o nosso narrador compõe então, peça a peça, a biografia involuntária dos dois amantes. Uma biografia que passa pelo desvelar do passado, para que este não contamine irremediavelmente o futuro.

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