Por Vanessa Sene
No domingo, 28 de abril, a comunidade portuguesa esteve reunida no Parque Ibirapuera para o ato anual do Dia da Comunidade Luso-Brasileira, junto ao monumento de Pedro Álvares Cabral. A iniciativa, além de reunir dirigentes associativos da comunidade, chama atenção do público que frequenta o parque e que em passagem pelo local, as vezes, acaba parando para acompanhar as breves palavras dos oradores e assistir a apresentação do Grupo Folclórico da Casa de Portugal de São Paulo, presente em todos os anos.
Promovido pelo Conselho da Comunidade Luso-brasileira de São Paulo, o seu presidente Antonio de Almeida e Silva abriu o evento agradecendo ao público presente nesta manhã de domingo.
Como orador, discursou o ex-secretário de Segurança Pública, Dr. Antonio Ferreira Pinto, que foi convidado ainda no cargo de secretário, há um mês. Filho de português, Ferreira Pinto citou em seu discurso uma comunidade solidificada que transmite para gerações futuras o legado português, e a “língua nos identifica com a pátria mãe”. Segundo ele, Portugal é um exemplo para Europa e para o mundo, e vanguardista no tratamento de dependentes químicos, um parâmetro para outros países, que deixou o assunto da liberação de drogas em segundo plano. Citou o país como rico não só em tradição como em modernidade. E parabenizou a comunidade pela data, além de agradeceu a honraria de participar dela.
Cônsul quer renovação
Em entrevista ao Mundo Lusíada, o cônsul geral de Portugal em SP afirmou que quanto mais iniciativas para celebrar a importância da comunidade luso-brasileira, melhor. “Temos que fazer um esforço também para renovar a forma como celebramos estes eventos. A celebração é importante mas a forma é relevante também, porque é imagem que queremos passar do país. A comunidade luso-brasileira lida com gerações novas, então temos que olhar para essa nova geração de portugueses que está a chegar. Modernizar, atualizar e integrar, dessa forma torná-la mais interessante e compreensível para o maior número de gerações” afirmou Paulo Lourenço.
Em seu discurso, o cônsul afirmou que o descobrimento não aconteceu apenas na época de Cabral, mas é refeito com a comunidade luso-brasileira, que tem crescido cada vez mais por exemplo na aquisição do passaporte português.
Estiveram presentes durante a solenidade os porta-bandeiras dos grupos folclóricos da Casa dos Açores de SP, Portuguesa de Desportos, Veteranos de SP, Arouca SP Clube, Aldeias da Nossa Terra, Casa de Portugal de SP, e rancho Pedro Homem de Mello.
Antonio de Almeida e Silva explicou que a ideia de ter uma apresentação de Roberto Leal durante o evento no Parque Ibirapuera não foi possível realizar em tempo, para este ano. O local, que precisava da autorização de Prefeitura, Subprefeitura, bombeiros e CET, pode demorar até 60 dias. Por isso, o projeto foi adiado para o ano que vem ou para as comemorações do Dia de Portugal, no mês de junho.
“Estamos cumprindo a nossa obrigação, tivemos a estrutura completa para recebermos a todos. O nosso trabalho está feito. O que não saiu certo, nós vamos avaliar para as próximas, sempre tem coisas que não saem como gostaríamos ou pessoas que assumem compromisso e acabam não cumprindo, mas é normal. Nosso objetivo é sempre fazer cada vez melhor” finalizou Almeida e Silva.
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