Arquivo: Reunião do Elos com a presença de Ramiro Cruz (2º à direita).
Mundo Lusíada
O atual presidente do Conselho Superior do Elos Internacional da Comunidade Lusíada, Ramiro Cruz, analisou os motivos pelo qual movimentos como o Elos Clube tem diminuído, como ocorre em São Paulo.
“O Elos, como todas as entidades do tipo como Rotary, Lions e mesmo Maçonaria, tem perdido espaço diante da sociedade. O nosso movimento tem menos importância segundo algumas pessoas. Mas se olharmos para o futuro, a cultura em muitos países precisa ser protegida e o Elos seria uma peça importante em todos os trabalhos quando se fala de cultura” defendeu durante a última festiva do Elos ABC, em São Bernardo do Campo.
Ramiro Cruz lembra que o Elos promove a cultura e a defesa do humanismo lusíada. “Nós no Conselho Superior, é como se fossemos fiscais do que está acontecendo na gestão atual. E toda vez que um presidente sai da Presidência Internacional passa a ser presidente do Conselho Superior, são sempre membros do conselho os ex-presidentes e secretários internacionais de Elos”.
Para ele, o Elos perdeu espaço em locais como São Paulo principalmente pela “idade” dos integrantes e falta de renovação. “Os jovens hoje não tem mais interesse em estar junto a determinadas sociedades. O Elos teve seu apogeu em 1970 e foi até 1990, depois de 2000 para cá tem perdido, morrem os mais velhos e não há renovação”, diz citando que “um dia o movimento vai se abraçar e dizer estamos chegando ao fim”.
Também essa é a realidade em outros países, inclusive em Portugal. “Alguns clubes, através de alguns presidentes com mais empenho conseguem manter. O Elos Lisboa está com muita atividade, promove atividades culturais, reúne muito artista, escritor, poeta e tenho gosto de ter visto as últimas gestões com Fernando Cardoso terem crescido. E será este ano lá a próxima convenção em outubro, que terá a presença do presidente da República portuguesa, nosso professor Marcelo Rebelo de Sousa”.
Segundo Ramiro, o movimento elista está estabilizado em seu número de sócios, sem conseguir motivar novos participantes. “Não há novas paixões para o Elos, embora seja uma filosofia linda, e que toda a sociedade deveria abraçar, porque defende a língua e o humanismo lusíada que é o que trouxe para o Brasil a cultura dos portugueses”.
Apesar de ser uma filosofia “bonita”, na prática não tem “resultado bem”, defendeu. “Eu tive muitos sonhos com o Elos, mas a geração seguinte não tem essa paixão. Eu continuo apaixonado pelo Elos”.