Arquivo/Lusa: Rui Rio e Antonio Costa
Da Redação
Com Lusa
O presidente do PSD, Rui Rio, acusou o PS de estar a copiar as propostas e ideias dos sociais-democratas e de entrar em contradição com o que fez nos últimos quatro anos no Governo.
“O que temos vindo a constatar é que o PS, depois de ouvir uma ideia nossa, passado mais ou menos uma semana e meia vem repetir a mesma ideia, nem que entre em contradição com o que fez no Governo ou com o que disse há pouco tempo”, criticou Rui Rio, que falava aos jornalistas durante uma reunião preparatória da campanha social democrata para as legislativas de outubro, que decorre em Condeixa-a-Nova, distrito de Coimbra.
Sobre essa matéria, o presidente do PSD apontou como exemplo as propostas do seu partido na área da política fiscal.
“Viemos dizer que a carga fiscal é exageradíssima e, por isso, iremos fazer tudo para que ela desça – até quantificamos aquilo que é a margem orçamental que existe para podermos reduzir a carga fiscal. De imediato, o PS vem dizer que também vai reduzir a carga fiscal, em sede de IRS e também agora muito voltado para as empresas”, afirmou.
Para Rui Rio, essa posição do PS entra em contradição com o que fez nos últimos quatro anos.
“Tem de haver políticas públicas que facilitem a vida às empresas” por forma a serem criados “melhores empregos”, porém, o Governo “fez exatamente o contrário” e, ao ouvir o PSD, “vem fazer um discurso análogo”, asseverou.
Rui Rio apontou ainda para as propostas do PSD para a baixa natalidade, em que defende que deve haver “mais creches e tendencialmente gratuitas”, sendo que “o PS vem agora copiar exatamente a mesma ideia”.
“Se o PS não está a copiar, se isto era então original e só tiveram azar de dizê-lo depois de nós, então a minha pergunta é: Porque é que não o fizeram nestes quatro anos? Porque é que seguiram uma política no sentido inverso?”, questionou.
Questionado sobre a sondagem hoje divulgada que dá o PS com o dobro das intenções de voto do PSD, Rui Rio salientou que ignora sempre as sondagens.
“Com tantas sondagens que saem, pergunto se ainda vale a pena fazer eleições”, comentou, considerando que as sondagens “não servem para nada”.