Eleições na Madeira elegem seis deputados em círculo com mais de 257 mil recenseados

FOTO HOMEM DE GOUVEIA/LUSA

Da Redação
Com Lusa

O círculo eleitoral da Madeira, com cerca de 257.500 recenseados, elege seis deputados nas legislativas de 06 de outubro, sendo que o arquipélago, constituído por 11 concelhos, esteve representado no parlamento, na anterior legislatura, por PSD, PS e BE.

De acordo com o EyeData, plataforma de análise de dados estatísticos, a população residente média na Região Autônoma da Madeira (duas ilhas habitadas) em 2018 foi de 254.160 habitantes, dos quais 5.175 na ilha e município do Porto Santo, a 71 quilómetros do Funchal.

Este número é inferior ao dos eleitores recenseados em 2018 – 257.502 -, conforme indicação do Ministério da Administração Interna, sendo que nas legislativas nacionais de 2015 estavam inscritos 255.821 eleitores, mas votaram apenas 125.104, cifrando-se a abstenção nos 51,10%.

O PSD, partido que lidera o Governo Regional desde 1976 sempre com maioria absoluta, obteve nessas eleições 37,75% dos votos e elegeu três deputados à Assembleia da República (AR), seguido do PS, com 20,90% e dois deputados, e do BE, com 10,66% e um deputado.

Além das ilhas habitadas, a Região Autónoma da Madeira é composta por dois subarquipélagos com estatuto de reserva natural: as Desertas, localizadas a cerca de 40 quilômetros do Funchal, e as Selvagens, a 300 quilômetros a sul da capital madeirense.

A ilha da Madeira é, por outro lado, ocupada por uma grande mancha de floresta laurissilva (15.000 hectares, cerca de 20% do território), que ostenta o galardão de Patrimônio Mundial da Humanidade desde 1999.

O Funchal é o concelho mais populoso (104.286 habitantes) e o Porto Moniz o menos povoado (2.360 habitantes).

O Eyedata indica que os municípios da costa sul da Madeira – Calheta, Ponta do Sol, Ribeira Brava, Câmara de Lobos, Funchal, Santa Cruz e Machico – registam uma densidade populacional substancialmente superior aos da costa norte – Porto Moniz, São Vicente e Santana -, onde vivem no total 14.290 pessoas.

Os dados apontam também que, do total da população média de em 2018, 13,69% tinha menos de 15 anos e 16,52% mais de 65 anos, ao passo que população com mais de 15 anos com pelo menos o ensino secundário era de 26,97%.

A Direção Regional de Estatística da Madeira (DREM) contabilizou, por seu lado, 137.300 pessoas ao nível da população ativa residente no arquipélago no final de 2018, indicando que no segundo trimestre de 2019 o número de empregados se cifrava em 128.900, com destaque para os setores dos serviços e turismo e hotelaria. O desemprego nesse período afetava 9.500 pessoas (6,9%).

Os indicadores da DREM colocam a Alemanha como o principal mercado turístico da região em 2018, com 2,1 milhões de dormidas (-0,5% face a 2017), seguido do Reino Unido, com 1,9 milhões de noites (-4,8%). Já o mercado nacional foi o terceiro mais importante, com 7,4% em 2018, tendo o número de dormidas rondado um milhão, e depois o mercado francês, com 770 mil dormidas.

Por outro lado, foram contabilizados 536.874 passageiros em trânsito em 293 navios de cruzeiro nos portos do arquipélago, número idênticos aos de 2017.

Em 2018, os proveitos totais e de aposento na hotelaria madeirense ascenderam aos 426,9 e 278,8 milhões de euros, respetivamente.

O setor econômico regional é também marcado pelo Centro Internacional de Negócios da Madeira (CINM), conhecido por Zona Franca. A estrutura foi criada nos anos 1980 e inclui três áreas de investimento: a Zona Franca Industrial, o Registo Internacional de Navios e os Serviços Internacionais.

Segundo dados oficiais, o CINM gerou nos últimos sete anos uma receita fiscal média anual de 130 milhões de euros, cerca de 13% do total da região.

O ganho médio mensal dos trabalhadores por conta de outrem na região autônoma atingiu, segundo o Eyedata, os 1.062,67 euros em 2016 (a nível nacional era de 1.108,56 euros), ao passo que em 2015 o poder de compra per capita era de 86,83 (Portugal = 100).

A população estrangeira residente na Madeira assinalou em 2018 um aumento de 12,8%, influenciado pelo regresso de emigrantes da Venezuela, de acordo com o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.

Em 31 de dezembro desse ano, o número de estrangeiros estabelecidos no arquipélago totalizava 7.578, distribuídos entre detentores de títulos de residência (7.535) e de vistos de longa duração (43).

Os nacionais da Venezuela (21,0%), Reino Unido (13,2%), Brasil (10,9%) e Alemanha (6,6%) continuam a representar as principais comunidades estrangeiras a residir na região.

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